
Lúcia Santos anuncia um mandato “transformador”
A presidente da direção da Secção Regional do Centro da Ordem dos Farmacêuticos (OF) considera que a estrutura «será tanto mais forte quanto maior a capacidade que tiver de se afirmar a nível regional».
Na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais, Lúcia Santos, dirigindo-se ao bastonário Helder Filipe, sublinhou que «o todo resultará sempre maior do que a simples soma das partes», pelo que, da parte da secção regional, promete «uma estrutura dinâmica que age na procura da excelência, no que se refere à diferença e valorização da profissão, na salvaguarda do bem público e também na estreita vigilância no cumprimento das boas práticas, da ética e da deontologia profissionais».
«Estaremos ao lado da direção nacional na senda da reflexão e concretização de um compromisso social e profissional para a nossa profissão, nomeadamente os seus compromissos e responsabilidade no sistema de saúde português», destacou a nova líder regional dos farmacêuticos, eleita num processo em que votaram 1.562 farmacêuticos.
«1.562 farmacêuticos representam 44% do universo eleitoral da Secção Regional, número que, não sendo brilhante, nem suficiente, é substancialmente superior ao verificado na anterior eleição, denotando o crescendo interesse dos farmacêuticos relativamente à sua ordem profissional», considera Lúcia Santos, convocando todos os farmacêuticos para um mandato que promete «transformador para a Secção Regional do Centro» e que terá como pilar principal a valorização do farmacêutico.
«A presença de todos significa confiança nesta equipa e também um grande incentivo para fazermos mais e fazermos melhor em prol de todos quantos servimos», continuou, ao intervir na cerimónia que decorreu no Colégio da Trindade, salientando que, para além do orgulho na equipa que lidera, sente segurança e o conforto para acreditar na concretização de um mandato assente no compromisso de defender os legítimos interesses dos farmacêuticos e a dignidade da profissão farmacêutica».
Ao lembrar que os últimos anos ficaram marcado pelo aumento de profissionais na área - «só na última década, o crescimento foi de cerca de 50% e aproximamo-nos agora dos 20 mil profissionais» -, a presidente da direção salientou que «o farmacêutico atua em áreas cada vez mais diversificadas e especializadas».
«Em paralelo, o sistema de saúde português passa por profundas mudanças, com a emergência das novas tecnologias e, particularmente, a inteligência artificial, subsistindo a necessidade de uma gestão mais eficiente dos recursos disponíveis», referiu, deixando questões sobre as quais importa refletir: No mundo em transformação e num país em mudança, terá a profissão farmacêutica sabido adaptar-se e transformar-se no sentido de responder às novas exigências e necessidades dos doentes, dos cidadãos do país e do sistema de saúde? E terá um modelo de formação superior universitário sabido acompanhar as novas exigências da profissão?