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Castro Almeida vendeu quota em empresa imobiliária para evitar associação à lei dos solos
O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, confirmou hoje à RTP que teve durante mais de 25 anos uma empresa imobiliária, que vendeu recentemente para evitar qualquer associação com a alteração à lei dos solos. "Há três ou quatro semanas (…) decidi vender a minha quota porque nessa altura se começou a gerar no espaço público a ideia de que ter uma empresa imobiliária era uma vantagem com a Lei dos Solos", frisou, em declarações à RTP, Manuel Castro Almeida, que lidera o ministério que elaborou a alteração à lei dos solos aprovada pelo Governo.
Para o governante, esta associação entre a empresa imobiliária e a alteração à lei dos solos “é um erro, porque a lei se aplica a empresas imobiliárias e a qualquer cidadão". Questionado pela estação pública pela razão para ter vendido, o ministro sublinhou que foi por sua iniciativa para “afastar qualquer suspeita” e “cortar o mal pela raiz”.
Castro Almeida garantiu ainda que sempre declarou ao Tribunal Constitucional a sociedade e que agora, no atual Governo, declarou a empresa à Entidade da Transparência. “Tudo claro, nada às escondidas, tudo legal", frisou.
Questionado ainda sobre ter aceitado a demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, Castro Almeida frisou que este cometeu uma imprudência “ao constituir duas empresas quando estava no Governo”, destacando não haver semelhança entre os casos.