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Ex-diretor do SNS destaca papel do jornalismo num tempo de ameaças à democracia
No Porto, onde foi apresentou o Anuário 2024 da Agência Lusa, uma obra com a história de 2024 em 167 páginas, 238 fotografias e uma dúzia de textos, Fernando Araújo disse que “as fotografias evidenciam a procura pela verdade”, e comparando o papel dos jornalistas ao dos médicos considerou: “Trabalhamos pela verdade”.
“O papel do jornalista torna-se mais vital num tempo de ameaças à democracia. Se antes duvidávamos das palavras, hoje começamos também a duvidar das imagens. Com o avanço da inteligência artificial as fronteiras entre o real e o fabricado tornam-se cada vez mais ténues”, alertou.
Numa sessão que decorreu na Câmara Municipal do Porto onde ficará patente, até 13 de março, uma exposição de fotografias dos fotojornalistas da agência noticiosa, Fernando Araújo começou por confessar-se “fã” deste Anuário por ser, disse, “um espelho de como a Lusa, mais do que um trabalho, encara a sua missão na sociedade”.
Para o médico e primeiro presidente da DE-SNS em Portugal “é essencial” valorizar a lente de um fotojornalista porque esta pode “confrontados com aquilo que preferíamos não ver, mas que precisamos de enfrentar” como é o caso, exemplificou, das fotografias deste Anuário e que mostram a guerra e a destruição.