
Mon(s)tra de regresso ao Conservatório de Música
A Mon(s)tra Luthiers Asmusitec regressa para a sua quinta edição, no Conservatório de Música de Coimbra. A Associação de Músicos e Técnicos (ASMUSITEC) é a sua organizadora, com o apoio do conservatório, que deseja «trazer novos interesses» para as salas de aula.
É já no próximo fim-de-semana, dias 22 e 23 de fevereiro, que Coimbra se torna no único palco nacional que dá luz aos luteiros (luthiers), os profissionais que se dedicam à construção e reparação de instrumentos. Neste caso, o principal foco serão os instrumentos de cordas com caixa de ressonância (como guitarras, violinos, entre outros), mas também se vão encontrar expostos instrumentos de percussão, de sopro, pedais e muitos outros apetrechos que completam a produção musical.
«Estamos sempre a inventar, num bom sentido», refere Américo Silva, presidente da direção da ASMUSITEC. A associação que preside foca-se no apoio social na área da música, com a criação de eventos e workshops ao longo do ano e outros tipos de ajuda, no qual o Mon(s)tra é considerado o seu «evento bandeira».
João Paulo é o “mentor” do projeto que aumentou a quantidade de luteiros em participação de 46 para 55. Apesar de nem todos os participantes do último ano regressarem, existem 12 estreias em absoluto e quatro integrantes de edições anteriores que regressam, sem que tenham participado na edição de 2024. «Teremos 10 marcas de instrumentos de percussão aqui representadas, juntamente com seis expositores de instrumentos típicos» adianta, admitindo que existem mais atividades preparadas para os dois dias de evento.
António Devesa, diretor do Conservatório de Música de Coimbra, defende que esta mostra é um «exemplo de performance artística», que mostra aos alunos uma nova visão da arte. «É importante perceber que a construção dos instrumentos influencia o resultado sonoro final. Queremos dar visibilidade a esta primeira etapa que é, em si, um projeto artístico». O diretor espera que com esta atividade exista uma «influência dentro da sala de aula», para um crescimento mais transversal dos alunos.
Ambições Futuras
João Paulo e Américo Silva não negam que as suas ambições crescem a cada ano e adiantam que alguns dos “luthiers” participantes em eventos fora de Portugal ressalvam o Mon(s)tra como iniciativa de excelência. «Ainda é difícil chegar a um público depois da “barreira” de Espanha. Porém, graças aos nossos luteiros sabemos que outros públicos desejam a possibilidade de participar. Vamos devagar».