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Politécnico desafiado a criar negócios inovadores
Toda a comunidade académica do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), de estudantes e investigadores a técnicos, docentes e dirigentes, volta a ser desafiada a explorar o mundo do empreendedorismo e a gerar ideias de negócio inovadoras. A 21.ª edição do Poliempreende - Start Up Your Idea, ontem apresentada na Coimbra Business School | ISCAC, traz também o desenvolvimento de competências valorizadas pelo mercado de trabalho.
Antes da apresentação do programa e do calendário da fase regional por Sara Proença, diretora do INOPOL Academia de Empreendedorismo, o presidente da escola anfitriã do arranque do programa, Alexandre Gomes da Silva assinalou a importância «fundamental» do Poliempreende numa escola como o ISCAC, ao permitir «ir ao terreno» ou ter iniciativa. «Não se pode aprender a nadar sem uma piscina», ilustrou, numa comparação que afasta a formação apenas por livros ou manuais. O Poliempreende pode ser «o rastilho» e mais tarde «o trampolim» para iniciativas individuais, preconizou.
O programa, reforçaria Sara Proença, potencia uma mentalidade empreendedora, um «mindset empreendedor» assente em múltiplas «competências valorizada pelo mercado de trabalho». Além do enriquecimento curricular, «fomenta o espírito de iniciativa, potencia a criação de startups e a transferência de tecnologia e conhecimento do meio académico» para o mundo empresarial, destacou a também coordenadora regional do Poliempreende.
Prémios monetários e possível incubação
Com 23 parceiros e envolvendo 100 mil estudantes e sete mil docentes, no todo nacional, o Poliempreende é uma rede de promoção do empreendedorismo com duas fases, a regional e a nacional, ambas com prémios para os melhores.
A fase regional, que irá determinar quem representa o IPC no concurso nacional, começa com oficinas de competências empreendedoras, em março há uma semana dedicada ao empreendedorismo nas escolas do IPC e em abril uma visita ao ecossistema empreendedor. As ideias de negócio têm de ser entregues até 30 de abril. Seguem-se, em maio e junho, oficinas de capacitação no INOPOL, com as últimas a debruçarem-se sobre a criação do plano de negócios e a construção do plano financeiro. A 8 de junho, dez dias antes do concurso regional, termina a data para apresentação dos planos de negócio.
Para os três primeiros lugares haverá prémios monetários de dois mil, 1.500 e mil euros, respetivamente, e possibilidade de incubação no INOPOL (física para o primeiro lugar e virtual para os outros dois). O primeiro classificado irá concorrer a nível nacional com os vencedores apurados nos restantes politécnicos.
«Criem equipas heterogéneas» e «participem», exortou Sara Proença, já depois de lembrar que o IPC, que participa desde 2007/2008, tem seis prémios nacionais e um prémio Delta.
Presente da apresentação, Ana Ferreira, vice-presidente do Politécnico de Coimbra, considerou que o Poliempreende tem sido mais do que um concurso, tem sido também um motor de desenvolvimento, disse, deixando também o desafio à participação.