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Português morreu num ataque em França
Um cidadão português de 69 anos morreu hoje ao tentar interferir no ataque com faca na cidade francesa de Mulhouse, perto da fronteira alemã, confirmou a Procuradoria de Mulhouse, citada pelo jornal francês Le Figaro.
“Um civil que interferiu no ataque morreu”, declarou a Procuradoria Nacional Antiterrorista francesa (Pnat) num comunicado, referindo que foi aberto um inquérito pelo homicídio em que o suspeito, de 37 anos e referenciado por risco de terrorismo, foi detido após o ataque que feriu ainda com gravidade dois agentes da polícia municipal.
Do ataque desta tarde na cidade francesa de Mulhouse, perto da fronteira alemã, resultou a morte de uma pessoa morreu e vários feridos.
O homem, de 37 anos, terá cometido os crimes à margem de uma manifestação e há dois agentes da polícia municipal feridos com gravidade, disse o procurador Nicolas Heitz à AFP, acrescentando que outros três agentes sofreram ferimentos mais ligeiros.
O suspeito consta do “ficheiro de processamento de sinalização para a prevenção da radicalização terrorista”, declarou.
O ataque ocorreu pouco antes das 16:00 hora local (15:00 em Lisboa), à margem de uma manifestação de apoio à República Democrática do Congo, que enfrenta uma ofensiva, no leste, do movimento armado M23, apoiado pelo Ruanda.
Segundo o jornal regional Les Dernières Nouvelles d'Alsace, o ataque ocorreu entre a Praça do Mercado e a Rua Lavoisier, onde foi detido o suspeito, um homem nascido em 1987, de nacionalidade estrangeira e expulso de França.
O canal BFMTV indicou que, enquanto se aguarda a determinação das motivações para este acontecimento, a Procuradoria de Mulhouse está a trabalhar em conjunto com a Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT).
O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse não haver dúvida de que o ataque com uma arma branca em Mulhouse, que provocou um morto, foi um “ato de terrorismo” e “islâmico”.
Macron, que visitava a Feira Agrícola de Paris, gravou uma mensagem na qual expressou “a solidariedade da nação para com a família” da vítima mortal e enfatizou “a determinação do Governo" e de si próprio em "continuar com o trabalho que tem sido feito desde há oito anos para erradicar o terrorismo” do território.