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Palestra sobre “O estigma da velhice e sua influência na saúde”
O Movimento Cívico Humanizar a Saúde realiza amanhã, a partir das 21h00, uma nova sessão no Seminário Maior de Coimbra, desta feita sobre “O estigma da velhice e sua influência na saúde”. Com moderação a cargo de Nuno Marques (ex-coordenador Nacional do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável), a palestra será proferida por Carolina Cabaços. De entrada livre (não necessita de inscrição prévia), conta ainda com a colaboração do “Coro ao Centro” (Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro).
O coordenador do Movimento Cívico, João Pedroso de Lima, explica que o estigma do envelhecimento é composto por três componentes principais: estereótipos, preconceito e discriminação. «O estereótipo refere-se às ideias preconcebidas sobre as pessoas idosas, que muitas vezes são associadas a incapacidade, inatividade ou perda de racionalidade, o preconceito envolve atitudes e afetos negativos em relação a essas pessoas, enquanto a discriminação consiste na adoção de comportamentos que excluem ou tratam de forma desigual os mais velhos». Desta forma, o estigma «tem um impacto profundo quer no próprio indivíduo – ao afetar a sua autoestima, saúde mental e qualidade de vida – quer na sociedade, ao perpetuar divisões e impedir a plena participação de todas as faixas etárias».
Neste contexto, surge o idadismo, um preconceito específico contra as pessoas mais velhas, que é frequentemente interiorizado pelas próprias vítimas desse estigma. «O idadismo pode ter efeitos devastadores, tanto no plano físico, como na saúde mental, com as pessoas idosas muitas vezes a sentirem-se menos valorizadas, mais isoladas e menos capazes de procurar cuidados de saúde adequados ou de intervir de forma participativa nas comunidades a que pertencem», refere.