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Violento temporal” provocou o caos na Baixa de Coimbra (em 1936)
O jornal do dia 30 de setembro de 1936 descreveu os efeitos de um «violento temporal» que se abateu sobre Coimbra, apontando uma vez mais as deficientes condições de saneamento e de drenagem das águas pluviais na Baixa da cidade.
Na véspera, aos aguaceiros das primeiras horas da manhã sucedeu, a partir das 14h00, uma tarde de chuva intensa, que se prolongou por cerca de quatro horas e «provocou como de costume a rotura dos canos de esgoto que ladeiam a Praça 8 de Maio».
«Esse facto teve como consequência o inundarem-se rapidamente as ruas que convergem naquela praça, muito em especial a Rua Direita e o Terreiro da Erva, que dentro de poucos minutos ficaram por completo cobertas de água, a qual atingiu neste último local cerca de metro e meio de altura. Aos gritos aflitivos da gente que se encontrava nas lojas que a água por completo inundou, acudiram vários populares e os bombeiros das duas corporações, que para ali conduziram seis barcos que foram buscar à Praia Fluvial, a fim de transportarem os inundados para fora de casa, alguns dos quais teriam perecido se não fosse a sua abnegação», relatou o repórter do Diário de Coimbra.
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