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Ministério da Cultura lança bolsas de criação literária para BD e infantojuvenil

Programa terá um valor total de 270 mil euros para as 18 bolsas anuais

A Banda Desenhada e a Literatura Infantil e Juvenil vão ter um programa específico de bolsas de criação literária, com a atribuição de nove em cada área, com regras idênticas às demais, anunciou hoje o Ministério da Cultura.

Em comunicado, o Ministério da Cultura revelou que vai ser criado um programa de bolsas de criação literária dedicado a Banda Desenhada e Literatura Infantil e Juvenil, num valor total de 270 mil euros para as 18 bolsas anuais, que vão ter quotas territoriais, sem impor exclusividade aos beneficiários.

“Como forma de valorização destas áreas, serão dinamizadas residências artísticas nas bibliotecas públicas e na Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, no âmbito dos programas do Ministério da Cultura desenvolvidos em parceria com as autarquias”, acrescentou o ministério.

O Ministério da Cultura lembrou que, aquando da apresentação da nova edição das bolsas de criação literária, no dia 11 deste mês, a ministra Dalila Rodrigues afirmou que os géneros que tinham ficado de fora daquelas 24 bolsas seriam “objeto de programas específicos porque [foi decidido] delimitar ao público adulto estas bolsas, em termos de âmbito do trabalho a desenvolver, deixando o infantil e o juvenil, e também outros géneros, como a banda desenhada”.

O ministério remete para breve a publicação da portaria correspondente e recorda que vai ser a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas a responsável pela gestão do programa.

No passado dia 11, o Ministério da Cultura anunciou que iria abrir uma nova edição do programa de bolsas de criação literária, que atribuirá 24 bolsas anuais no valor de 15 mil euros cada, passando a contemplar ensaio e excluindo infantojuvenil e banda desenhada, duas áreas que passam a estar abrangidas nas bolsas hoje reveladas.

Dias depois desse primeiro anúncio, pelo menos 200 pessoas ligadas às artes visuais assinaram uma carta aberta, dirigida à ministra da Cultura, a lamentar a exclusão da banda desenhada das bolsas de criação literária, considerando que a decisão desvaloriza a produção desta arte.

O programa de bolsas de criação literária foi retomado em 2017, quando o Ministério da Cultura era dirigido por Luís Filipe Castro Mendes, depois de 15 anos de interrupção.

Em 2024, o programa geral não abriu, tendo apenas estado disponível o concurso de bolsas de criação literária no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que atribuiu oito bolsas semestrais, num total de 60 mil euros.

Em 2023, o programa atribuiu 24 bolsas, distribuídas por 12 anuais e 12 semestrais, as primeiras no valor de 15 mil euros e as segundas no montante de 7.500.

Entre 2017 e 2023 foram apoiados nomes de autores que vão de Nuno Saraiva, Francisco de Sousa Lobo, Djaimilia Pereira de Almeida, Ana Teresa Pereira, Judite Canha Fernandes, Afonso Reis Cabral, Valério Romão, Matilde Campilho e Andreia Faria a Tiago Schwäbl, Mariana Correia Pinto e Hugo Gonçalves, entre muitos outros.

Segundo a contabilização do ministério, “desde 1997, no âmbito de programas de atribuição de bolsas para a criação literária, foram atribuídas 26 bolsas para a Banda Desenhada, 15 para a Infância e Juventude, 90 para a Ficção Narrativa, 40 para a Poesia e 20 para a Dramaturgia”.

Fevereiro 25, 2025 . 14:54

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