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Psicologia ganhou nova casa e condições de excelência para centro de investigação
Uma demorada visita marcou, ao final da manhã, a inauguração do edifício II da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCE) da Universidade de Coimbra, que representa a concretização de uma ambição de longa data da FPCE e da própria Universidade de Coimbra (UC). Uma obra que representou um investimento superior a dois milhões de euros e vem dotar a faculdade de novos espaços e oferecer condições de excelência ao Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CNEICCF).
Uma obra morosa, delicada e exigente, que «envolveu toda a comunidade», como sublinhou a diretora, Ana Paula Paixão, e integrada na estratégia global para o património, definida pela Universidade, particularmente para a zona da Alta, «onde existem intervenções com montantes muito significativas, em execução ou previstas, em todos os edifícios classificados», afirmou o vice-reitor Alfredo Dias.
«Temos 21 dos 32 edifícios classificados» como património da humanidade», disse exemplificando com o Paço das Escolas, a chegar ao fim, o Colégio das Artes, cuja empreitada vai avançar em breve, ou o edifício da Associação Académica, em fase de projeto. «Com perspetivas diferentes, abordagens diferentes, estamos a intervir em todo este valioso património» com uma matriz comum: «uma intervenção estruturada, com garantia de qualidade, um planeamento rigoroso a curto, médio e longo prazo». «Estamos a falar de um património imenso e de investimento imensos», disse o vice-reitor, responsável pela área do Património Edificado e Turismo, sublinhando que essa estratégia tem que assegurar a conservação deste património e «assegurar a funcionalidade e dar resposta aos requisitos e exigências da Universidade».
Coordenador do CINEICC, Daniel Rijo, recordou que o primeiro centro de investigação em Psicologia, que surgiu em 2003 como o «mais pequeno centro de investigação de Portugal», com seis pessoas, e apenas dois doutorados». Hoje «são 206 investigadores», dos quais 72 doutorados e reconhecido com a classificação de “excelente”.
António Gomes Ferreira, sub-diretor da FPCE, que acompanhou a obra desde a sua génese, fez a intervenção mais emotiva, agradecendo o «empenho» da Reitoria na requalificação do edifício. «Este espaço dignifica a FPCE, mas também dignifica a Universidade dentro do contexto de Património Mundial», sem esquecer o que representa como mais-valia em termos pedagógicos, de investigação e «resposta à competitividade», disse.
“Prémio Construtor” para Universidade
Luís Filipe, vogal executivo do programa 2030, atribuiu o “Prémio Construtor” à UC, pela estratégia que tem desenvolvido, conseguindo «as três coisas que todos desejam: atrair pessoas, investimento e visitantes». A CCDRC é, assumiu, «parceira» deste desafio, tendo 56 projetos aprovados, no quadro do PT2020 e quatro no PT 2030.
Com elogios à «vontade férrea de fazer mais e melhor» da direção da Faculdade de Psicologia, o reitor, Amílcar Falcão, também fez questão de elogiar a equipa reitoral e o trabalho que tem desenvolvido na captação de investimento. «Estamos no caminho certo», afirmou. «Todos contribuímos para o sucesso e reconhecimento nacional e internacional, mais internacional, porque nacional é mais inveja»», rematou.