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“Vamos mostrar que o turismo é uma área com esperança”
Foram 42 empresas, nacionais e internacionais, que se juntaram na Igreja do Convento São Francisco para “dar apoio” a jovens no início da sua carreira. A Feira do Emprego do Turismo do Centro procura ajudar a conectar os interessados na área do turismo com entidades que necessitam de novos trabalhadores. Apesar do seu foco ser, maioritariamente, os novos formados e estudantes de áreas ligadas ao turismo (hotelaria, restauração, entre outras) que entram no mercado de trabalho, todos os visitantes podem usufruir das mesmas oportunidades formativas e de empregabilidade oferecidas pelo evento.
Esta foi a terceira iniciativa levada a cabo pela Bolsa de Empregabilidade em 2025. Primeiro no Algarve, depois no Alentejo, agora Coimbra e, no futuro, Lisboa (14 de março) e Porto (26 de março). O intuito, tal como Cláudia Santos, gerente de eventos e vendas na Bolsa de Empregabilidade, nos conta é mostrar que «o turismo é uma área com esperança, com vitalidade e com resiliência». Estas são algumas das palavras-chave que espera podem trazer uma atratividade revitalizada para o setor, e um novo crescimento.
Das cerca de 1200 pessoas que passaram pelo Convento S. Francisco, perto de 700 foram alunos, de várias entidades escolares do país. «É importante esta deslocação até Coimbra, até à zona centro, para que se perceba que existem muitas entidades com interesse em contratar e em contactar com esta nova geração», sublinha a gerente. Este é um evento que também promove o “networking”, enaltecendo o contacto entre quem procura começar carreira e quem já se consolidou no mercado, quer seja a título individual, quer seja como empresa de renome.
Nesta edição houve um foco especial em ajudar os jovens a dar o primeiro passo no mercado de trabalho. Em conversa com as empresas Hoti Hotéis e Termas do Bicanho o Diário de Coimbra descobriu que um dos medos dos novos trabalhadores acaba por ser a falta de experiência. Os alunos sentem que a ausência de atividades prévias à entrada no mercado de trabalho pode ser impeditiva para o “primeiro passo”. Contrariando esta ideia, uma das recomendações feitas pelas entidades foi a necessidade de manter um espírito “aberto”, pronto para aprender. «Quando as pessoas se fecham acabam por desmotivar muito depressa, é preciso estar disponível para aprender», ressalva o grupo Hoti Hotéis.
Com isto em vista, a Feira do Emprego apresentou a dinâmica “Mentor Hour” onde se responderam a dúvidas relativas à criação de um Curriculum Vitae (CV) e outras perguntas ligadas ao mercado de trabalho e à progressão na carreira. Este foi um momento onde os jovens viram as suas preocupações respondidas.
Área em destaque
Cláudia Santos explica que a zona de Coimbra e os seus estudantes são muito atrativos, com empresas de várias pontos do país a deslocarem-se a esta feira em busca de alunos da região. «As pessoas de Coimbra são vistas com grande foco para levar para as empresas».
Este interesse fez com que a empresa Emirates Airlines se desloca-se ao distrito para contactar com estes jovens. Apesar do nosso jornal não ter conseguido uma análise direta por parte do enviado da empresa, conseguimos apurar que existe interesse em captar novos trabalhadores para possíveis trabalhos internacionais.
Futuro do turismo
A análise foi feita de foram transversal por todos os que o nosso jornal contactou: o turismo tem espaço para crescer em Portugal e continua a ser um grande contribuidor para o PIB (Produto Interno Bruto) do país.
«É preciso tornar a área mais atrativa. Sabemos que, só este ano, o setor implica cerca de 40 mil trabalhadores. É, por isso, necessário fazer uma aposta continuada», refere Cláudia Santos.