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Briosa: como passar da melhor para a pior fase
“De bestiais a bestas”. Não será, certamente, o caso, mas esta é uma expressão muito usada no futebol e que se aplica em diversas situações, tal a imprevisibilidade deste que é o desporto-rei em Portugal. À Académica está, precisamente, a acontecer um desses momentos em que se alcançou algo inédito e muito positivo e que, atualmente, se transformou num período também único na Liga 3, mas com contornos negativos.
Vamos a factos. António Barbosa, treinador da Briosa, alcançou o que mais ninguém tinha conseguido no clube desde que este desceu ao terceiro patamar do futebol português: nove jogos seguidos sem perder na prova. Foram, desde o dia 5 de outubro de 2024 até ao dia 18 de janeiro de 2025 (derrota com o 1º Dezembro), cinco vitórias e quatro igualdades que pareciam colocar a turma escolar na rota da tão almejada Fase de Subida da prova.
Todavia, e ninguém tem uma bola de cristal para saber disto, o antepenúltimo embate dessa série, com o Sporting B (0-0), foi o início de um período que certamente ninguém desejaria. Desde esse dia, a 15 de dezembro de 2024, até hoje, que a turma escolar não mais “sorriu”. Entristeceu-se logo por falhar a “etapa dos sonhos” e essa melancolia alargou-se desde a visita ao Restelo, em que o nulo não serviu para ir mais além. Depois, novo nulo no reduto do U. Santarém e, recentemente, o desaire (1-2) na receção ao Caldas. Apesar do momento ser mais longevo dos “capas negras” sem vencer na Liga 3, a verdade é que só perderam dois jogos em sete.
Na outra série menos boa, em 2023/2024, curiosamente também na “transição” entre a 1.ª fase e a Fase de Subida, os estudantes estiveram seis partidas sem vencer e averbaram três desaires. Na temporada de estreia no terceiro patamar, em 2022/2023, cinco foi o total de compromissos seguidos sem os conimbricenses triunfarem e tiveram, mesmo, quatro derrotas consecutivas.