"Quando o público cantou o hino no final foi um dos momentos mais bonitos da minha vida"

Diário de Coimbra | Conseguir fazer história em Coimbra com o apuramento da seleção nacional feminina para o Europeu foi muito especial?
Josephine Filipe Sim. Estar rodeada da minha família, amigos e todas as pessoas que me ajudaram no meu percurso até aquele momento foi algo incrível e que nunca mais vou esquecer.

Quando soube que os jogos iam ser em Coimbra, sentiu que era um sinal, uma espécie de talismã, de que podiam mesmo fazer história?
Senti que tínhamos tudo para nos qualificarmos. Eu e a Sofia da Silva quando soubemos que ia ser em Coimbra dissemos lo­go que íamos conseguir a qualificação. Foi a primeira vez que tivemos dois jogos em casa na mesma janela, ainda por ci­ma os últimos dois jogos sabíamos que eram decisivos. Jogar por Portugal no mesmo pavilhão onde vi a seleção feminina pela primeira vez foi uma sensação única. Também seria, e foi, a primeira vez que a minha família me iria ver a jogar pela seleção. Portanto, acho que eram sinais suficientes de que iríamos conseguir este momento histórico para o basquetebol feminino nacional.

Contra a Ucrânia foi um jogo difícil e disputado mesmo até ao final. Diante da Sérvia, teoricamente mais forte, dominaram a partir de um certo momento. Foi algo que trabalharam para fazer ou proporcionou-se assim?
Acredito que o resultado do jogo da Sérvia acontece devido ao jogo contra a Ucrânia. Nessa partida também dominámos a partir de um certo momento e, no final, relaxámos um pouco tendo permitido que elas se metessem novamente no jogo até aos últimos segundos. Desta forma, quando chegou o jogo da Sérvia, sabendo que eram mais fortes, não podíamos dar margem para erros desses e, assim que conseguimos a vantagem, não relaxámos até que o cronómetro chegasse ao zero.

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