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Politécnicos fazem história ao lecionar doutoramento
Um marco na história do ensino politécnico português. Esta foi a principal mensagem que os representantes dos Institutos Politécnicos de Coimbra, Viseu, Santarém e Castelo Branco, parceiros neste doutoramento, deixaram na sessão de abertura do programa doutoral em Sustentabilidade Agro-alimentar e ambiental, que hoje decorreu na Escola Superior Agrária de Coimbra.
O novo programa doutoral, coordenado por António Dinis Ferreira, que arranca com 25 doutorandos (as candidaturas excederam as vagas), adotará uma abordagem interdisciplinar, integrando as áreas de agricultura, alimentação e ambiente. O objetivo passa por preparar profissionais capazes de enfrentar desafios complexos com soluções inovadoras e sustentáveis. As aulas serão ministradas nas instalações dos quatro politécnicos parceiros, aproveitando a excelência dos recursos humanos e materiais.
«Durante décadas, o ensino politécnico português foi vítima de estigma e desvalorização, visto como um ensino de segunda linha, afastado da possibilidade de conferir graus académicos superiores por determinação legislativa. No entanto, a realidade sempre desmentiu essa visão limitada. A qualidade do ensino, a relevância da investigação aplicada e a ligação ao tecido empresarial e social sempre fizeram do ensino politécnico em geral, e do Politécnico de Coimbra em particular, palcos de excelência», afirmou Jorge Conde.
Para o presidente do Politécnico de Coimbra, «o reconhecimento do grau de doutor não significa apenas a conquista de um título». Significa a ampliação do papel enquanto instituição produtora de conhecimento avançado, significa o reforço da responsabilidade perante a sociedade e, acima de tudo, significa um futuro de oportunidades alargadas para os estudantes, docentes e investigadores».