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Conselho de ministros extraordinário começou com mais de uma hora de atraso
O Conselho de Ministros extraordinário, convocado pelo primeiro-ministro antes de fazer uma comunicação ao país, começou cercas das 19:20, com mais de uma hora de atraso, após Luís Montenegro ter estado reunido com membros da direção do PSD.
Nessa reunião, que começou por volta das 16:30 na residência oficial de São Bento, estiveram presentes o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, a vice-presidente Leonor Beleza e os ministros Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Joaquim Miranda Sarmento, António Leitão Amaro, Pedro Duarte e Manuel Castro Almeida.
No final da reunião, pouco antes das 19:00, Hugo Soares e Leonor Beleza deixaram a residência oficial, enquanto os ministros se juntaram aos restantes 11 membros do Governo que foram chegando a São Bento durante a tarde.
O primeiro-ministro permaneceu mais 20 minutos na residência oficial, antes de passar, pelo jardim, para o edifício adjacente, onde vai decorrer o Conselho de Ministros.
“Boa tarde, tudo bem?”, disse aos jornalistas.
No final da reunião do Conselho de Ministros, Montenegro irá fazer uma declaração ao país, prevista para as 20:00.
Montenegro decidiu convocar o Conselho de Ministros na sexta-feira de manhã, depois de o jornal Expresso ter noticiado que o grupo de casinos e hotéis Solverde, sediado em Espinho, paga à empresa detida pela sua mulher e os filhos, a Spinumviva, uma avença mensal de 4.500 euros desde julho de 2021, por “serviços especializados de ‘compliance’ e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais”.
Em reação à notícia, Montenegro disse aos jornalistas, no Porto, que iria fazer “uma avaliação profunda” das suas condições pessoais, familiares e políticas e anunciaria uma decisão aos portugueses hoje à noite, “para encerrar este assunto de vez”.
“Amanhã [sábado] às 20:00 horas comunicarei ao país as minhas decisões pessoais e políticas sobre esta matéria para que o Governo possa governar, concentrar toda a sua atenção, toda a sua disponibilidade, a servir o interesse do país e dos portugueses”, referiu nessa ocasião.