
Escolas já contrataram 141 mediadores linguísticos e culturais
As escolas já contrataram 141 mediadores linguísticos e culturais dos perto de 290 profissionais autorizados pelo Governo para dar resposta ao aumento de alunos estrangeiros, revela um balanço feito hoje pelo ministro da Educação.
De acordo com o balanço apresentado pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação no parlamento, foram contratados 141,5 mediadores, de entre os 287,5 cuja contratação foi autorizada pela tutela em janeiro.
O objetivo é apoiar a integração dos alunos estrangeiros que, nos últimos dois anos letivos, passaram de 70 mil para 140 mil.
O rácio estabelecido pela tutela atribui meio mediador por cada 10 alunos elegíveis, a partir de 20 alunos elegíveis, totalizando 287,5 mediadores linguísticos e culturais distribuídos por 319 agrupamentos, que representam 39% das escolas públicas.
No balanço feito no início da audição regimental, Fernando Alexandre destacou também o resultado das medidas no âmbito do plano “+ Aulas + Sucesso”, para responder à falta de professores.
Entre as principais medidas, 1.141 professores decidiram adiar a aposentação e continuaram a dar aulas, acima da meta de 1.000 fixada pelo ministério, e 55 docentes que já estavam na reforma disponibilizaram-se para regressar (o objetivo eram 200).
Regressaram ainda 847 professores que tinham abandonado a carreira, mais 347 face à meta de 500 estabelecida pelo Governo, e 8.753 aceitaram horas extraordinárias, totalizando 22.381, sendo que a maioria acumula apenas uma (35,6%) ou duas (26,6%) horas extraordinárias.
“As medidas estão a funcionar e a conseguir trazer mais docentes”, sublinhou Fernando Alexandre, que considerou os resultados “muito positivos face aos objetivos”.
Além do plano “+ Aulas + Sucesso”, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação lançou já depois do início do ano letivo um concurso externo extraordinário, que permitiu a vinculação de 1.731 professores nas escolas mais carenciadas.
Outra das medidas direcionadas às escolas com maior falta de professores foi a criação de um apoio à deslocação aos docentes deslocados, atribuído a 2.313 profissionais.
O ministro referiu ainda que 44.431 professores já recuperaram o tempo de serviço congelado durante o período de intervenção da ‘Troika’.