
Montenegro falou com Zelensky sobre “apoio inabalável” de Portugal “a uma paz justa”
O primeiro-ministro conversou hoje de manhã com o Presidente da Ucrânia, a quem transmitiu “o apoio inabalável” de Portugal “rumo a uma paz justa e duradoura”.
Numa publicação na rede social X, Luís Montenegro revela ter falado hoje com Volodymyr Zelensky, na véspera da cimeira extraordinária dos líderes europeus.
“O momento atual exige uma coordenação estreita de posições. Em véspera do Conselho Europeu, reiterei o apoio inabalável de Portugal à Ucrânia rumo a uma paz justa e duradoura”, escreveu Montenegro, na publicação acompanhada de uma imagem de uma videochamada com o Presidente da Ucrânia.
Há exatamente uma semana, Montenegro já tinha telefonado a Zelensky, agradecendo tudo “o que o povo ucraniano tem feito pela Europa”, por ocasião do terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, que se assinalara dois dias antes.
No dia 24 de fevereiro, o primeiro-ministro português tinha previsto participar, por videoconferência, numa cimeira de líderes internacionais que decorreu em Kiev, mas problemas técnicos impediram a ligação, tendo enviado a sua intervenção a todos os participantes.
Amanhã, os líderes da UE reúnem-se numa cimeira extraordinária (antes da regular no final deste mês) para debater a continuação do apoio à Ucrânia e à defesa europeia.
Na carta-convite enviada aos chefes de Governo e de Estado da União, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse existir “uma nova dinâmica, que deverá conduzir a uma paz global, justa e duradoura” no que toca à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, que já entrou no quarto ano.
A reunião de alto nível de quinta-feira visa discutir as contribuições europeias para as garantias de segurança necessárias.
Desde o início da guerra da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, a UE e os seus Estados-membros disponibilizaram quase 135 mil milhões de euros em apoio à Ucrânia, incluindo 48,7 mil milhões de euros para apoiar as forças armadas ucranianas, tendo ainda avançado com 16 pacotes de sanções contra a Rússia.
Já quanto à defesa, António Costa espera que nesta cimeira extraordinária a UE tome “as primeiras decisões a curto prazo, para que a Europa se torne mais soberana, mais capaz e mais bem equipada para enfrentar os desafios imediatos e futuros à sua segurança”, segundo disse na carta-convite.
Entre 2021 e 2024, a despesa total dos Estados-membros com a defesa aumentou mais de 30%, ascendendo a um montante estimado de 326 mil milhões de euros, o equivalente a cerca de 1,9% do PIB da UE.