
Papa estável, com ligeiras melhorias numa "situação geral complexa"
O estado de saúde do Papa Francisco “é estável”, anunciou hoje o Vaticano, numa altura em que o pontífice, de 88 anos, começou a responder bem ao tratamento a que está a ser submetido no hospital.
"Os médicos confirmaram que a situação continua a ser a mesma de ontem" (sábado), disse a assessoria de imprensa da Santa Sé, acrescentando que o estado do papa é "estável", com "ligeiras melhorias (...) numa situação geral complexa".
O Papa Francisco está internado no hospital Gemelli, em Roma, em tratamento devido a uma pneumonia bilateral desde 14 de fevereiro, ou seja há quase um mês.
No último relatório médico, de sábado à tarde, já tinha sido dada a indicação de que o Papa estava a mostrar uma “boa resposta” à terapia e uma melhoria “gradual” e “ligeira”, embora os médicos estejam a adotar uma abordagem cautelosa.
Embora não apareça nem fale em público, enviou uma breve mensagem áudio na quinta-feira aos fiéis que rezam o terço por si todas as noites na Praça de São Pedro e hoje voltou a partilhar as suas reflexões.
No texto do Angelus, divulgado pelo Vaticano após a missa do Jubileu dos Voluntários, presidida pelo cardeal Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, o Papa alertou para as “sociedades demasiado escravizadas pela lógica do mercado, onde tudo corre o risco de ser submetido ao critério do interesse próprio e da busca do lucro”.
Francisco falou ainda do voluntariado como “profecia e sinal de esperança, porque testemunha o primado da gratuidade, da solidariedade e do serviço aos mais necessitados”.
“A quem se empenha neste campo, expresso a minha gratidão: obrigado por oferecerem o vosso tempo e as vossas competências; obrigado pela proximidade e ternura com que cuidam dos outros, despertando neles a esperança!”, escreveu o Papa na mensagem hoje divulgada.
Francisco aproveitou ainda para dar conta da sua experiência vivida no hospital Gemelli nas últimas semanas.
“Na minha prolongada permanência aqui no hospital, também eu experimentei a atenção do serviço e a ternura dos cuidados, particularmente por parte dos médicos e dos profissionais de saúde, a quem agradeço do fundo do coração. E, enquanto estou aqui, penso em tantas pessoas que, de diferentes maneiras, estão próximas dos doentes e são para eles um sinal da presença do Senhor. Temos necessidade disto, do ‘milagre da ternura’, que acompanha os que estão em prova, trazendo um pouco de luz na noite da dor”, escreveu o pontífice.