
Município da Figueira acusa entidades de “sacudirem água do capote”
A vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz acusa as diversas entidades envolvidas no processo de licenciamento da BioAdvance de “sacudirem água do capote”. Anabela Tabaçó falava em declarações ao Diário de Coimbra após a reunião que se realizou hoje para votação da suspensão do estatuto de projeto PIN, decisão anunciada pela CCDRC a 26 de fevereiro por falta de Título Digital de Instalação daquela unidade de biocombustíveis. “Questionei as várias entidades presentes como foi possível chegar a este ponto e o que constatei é que ninguém consegue explicar como é que afinal foi dado parecer favorável a esta empresa”, criticou.
Anabela Tabaçó reforçou que a instalação da fábrica é da responsabilidade do porto da Figueira da Foz - com pareceres positivos de várias entidades como CCDRC, APA, Turismo de Portugal e Instituto da Conservação da Natureza e Florestas - e criticou o facto de não ter havido uma “análise cuidada”, nem a “preocupação em verificar a veracidade” das informações disponibilizadas pela BioAdvance. “Eu não me revejo nisto e não entendo o está por detrás. Só sei que podiam ter feito uma análise mais profunda de tudo o que aconteceu”, lamentou a vice-presidente, sublinhando que a autarquia vai continuar na luta “sempre na defesa dos munícipes”.