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Câmara de Coimbra lança concurso para programador do Convento São Francisco

Para um prazo de três anos e um salário de três mil euros brutos por mês

A Câmara de Coimbra lançou o concurso para programador do Convento São Francisco, que está sem diretor há mais de um ano, para um prazo de três anos e um salário de três mil euros brutos por mês.

O concurso, publicado na segunda-feira na plataforma Vortal, prevê um contrato de três anos (36 meses) e um preço base de 108 mil euros (três mil euros brutos por mês) para o cargo de programador do Convento São Francisco, estrutura do município que está sem diretor artístico há mais de um ano.

As candidaturas terão de ser apresentadas até 25 de março, sendo só aceites candidatos com experiência profissional na área da programação e direção artística em equipamentos culturais.

Segundo a informação presente na plataforma Vortal consultada pela agência Lusa, numa primeira fase, os candidatos terão de apresentar currículo detalhado, assim como comprovativos que atestem experiência profissional em programação cultural, em trabalho em rede e na preparação de candidaturas.

Depois de uma primeira fase de análise dos currículos dos candidatos, os cinco com melhor pontuação serão convidados a apresentar uma proposta de projeto cultural e artístico para o Convento São Francisco, documento que terá um peso de 90% na seleção do programador.

A proposta do projeto de programação deverá “abranger um período de dois anos, de 01 de janeiro de 2026 a 31 de dezembro de 2027”, refere o documento.

A proposta de remuneração é substancialmente mais baixa em comparação com os anteriores programadores contratados por ajuste direto, com Isabel Worn a receber 74.800 euros para um contrato de 426 dias e João Aidos o mesmo valor por um ano, no último contrato celebrado com a Câmara de Coimbra, em processos que não contaram com qualquer concurso.

No entanto, o valor é superior ao associado ao concurso para diretor artístico do Teatro Municipal de Matosinhos, de 95 mil euros para 38 meses, aberto em julho de 2024.

Questionado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, afirmou que o valor proposto é de acordo com os recursos do município.

“Se nós tivéssemos recursos para uma programação mais ambiciosa, mais cara, se calhar podíamos conseguir também por essa via atrair programadores de qualidade internacional, que, obviamente, teriam que ser remunerados de outra forma, mas Coimbra ainda não tem essa capacidade”, disse.

Inicialmente, a Câmara tinha dito que o concurso seria lançado no verão de 2024 e, mais tarde, em dezembro desse mesmo ano.

José Manuel Silva explicou que a demora no lançamento do concurso deveu-se ao facto de ser um “processo inédito” para o município, já que no passado a função de programador foi assegurada ou por pessoal interno ou por recurso a ajuste direto.

“Tudo foi discutido no Conselho Municipal de Cultura, de uma forma absolutamente aberta. Todo esse processo de elaboração, de debate, de participação e depois de desenvolvimento de questões jurídicas levaram a esta demora. O processo andou entre departamentos, no sentido de se aprimorar questões jurídicas que são sensíveis”, afirmou.

No entanto, José Manuel Silva recusou a ideia de que o lançamento de concurso fosse premente, por considerar que o Convento São Francisco, de momento, já apresenta “uma programação cultural de grande qualidade e de grande nível”.

“As pessoas que estão a fazer programação atualmente são da Câmara, são de grande qualidade e capacidade, mas estão em sobrecarga de trabalho porque o processo de programação de uma estrutura como o Convento é extremamente exigente e consumptiva em termos de tempo”, afirmou o autarca.

Desde a abertura do Convento São Francisco, em 2016, o cargo de programador daquele equipamento cultural, quer no atual executivo (com uma coligação liderada pelo PSD), quer no anterior (de maioria PS), nunca foi escolhido por concurso público.

 

Março 11, 2025 . 15:13

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