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Portugal e Guiné-Bissau analisam possível criação de instituto de oncologia

Pedro Tipote, ministro da Saúde Pública guineense, avançou com a possibilidade da criação de um instituto de oncologia na Guiné-Bissau no âmbito da cooperação com Portugal

A possibilidade da criação de um instituto de oncologia na Guiné-Bissau começou hoje a ser discutida no âmbito da cooperação com Portugal, anunciou o ministro da Saúde Pública guineense, Pedro Tipote.

O governante falava depois de um encontro com a delegação do Ministério da Saúde de Portugal que chegou hoje a Bissau para, durante dois dias, se inteirar dos projetos em curso no âmbito da cooperação entre os dois países e de novos projetos.

No final da primeira reunião, Pedro Tipote revelou que falaram “da possibilidade de estabelecer um instituto de oncologia na Guiné-Bissau”, o que considerou que seria “relevante nesta cooperação”.

A falta de respostas no sistema de saúde guineense a doenças como o cancro obriga às chamadas "evacuações médicas", sendo Portugal o único país com o qual a Guiné-Bissau tem acordos para este fim.

As transferências de doentes são feitas, através de juntas médicas, com dificuldades, apontou o ministro guineense, concretamente na obtenção dos vistos necessários.

“Há sérios problemas”, afirmou o governante, sugerindo que este aspeto poderá ser tratado “conjuntamente com a Embaixada [de Portugal na Guiné-Bissau], com o sistema consular e a Cooperação Portuguesa”.

“Estamos a ver aspetos que podem ser constrangedores relativamente a essa problemática da cooperação”, acrescentou.

Apesar dos constrangimentos, o ministro reconheceu e agradeceu o papel que Portugal tem tido nesta matéria, sublinhando que muitos guineenses “foram salvos nos hospitais” portugueses.

A delegação do Ministério da Saúde de Portugal, que fica em Bissau até quinta-feira, é liderada por Fernando de Almeida, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Com esta visita, a intenção do Governo português é fazer uma avaliação dos projetos e ver, também, novas áreas de cooperação, disse Fernando de Almeida.

“É um ponto de situação, percebermos o que é que estamos a fazer, se estamos a fazer bem, qual é a opinião do Ministério da Saúde da Guiné-Bissau, quais são as necessidades que nós podemos partilhar e cooperar”, concretizou.

A delegação irá visitar vários projetos em curso na Guiné-Bissau em diferentes áreas da saúde, desde o diagnóstico, aos cuidados de saúde primários, cuidados hospitalares ou análises.

Março 11, 2025 . 21:03

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