
BTL: Centro Portugal é território repleto de singularidades
«O Turismo Centro de Portugal [TCP] é um território repleto de singularidades» e, ontem, no primeiro dia da BTL, apresentou a estratégia de promoção para 2025, documento que vai focar-se, essencialmente, em sete pontos: «Estradas com história, turismo industrial e militar, gastronomia, vinhos e enoturismo – com o projeto “Sabores ao Centro”, rede de cidades criativas, estações náuticas ou o rally de Portugal no Centro, turismo natureza, com o projeto “portal outdoor”, e os festivais de música.
A vice-presidente da TCP destacou, no momento da inauguração oficial do stand, na agora denominada BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, que o verdadeiro objetivo passa por «aumentar o número de visitas, de dormidas e, acima de tudo de receitas», dando ainda ênfase ao facto de este ano se comemorarem os 10 anos do “rebranding” da marca “Turismo Centro de Portugal” e de recuperar o slogan “um dia é bom, dois é ótimo, três nunca é demais”.
A apresentação, disse Anabela Freitas, serviu para «abrir o apetite» aos potenciais visitantes ou operadores turísticos, ou seja, «foi uma pequena amostra da singularidade do Centro de Portugal». Ao longo dos cinco dias de certame, o stand da TCP será palco de lançamentos estratégicos, debates, experiências imersivas e momentos de networking, que vão posicionar a região como destino de referência no turismo nacional e internacional.
Lançado projeto “Estradas com Histórias”
Anabela Freitas aproveitou a embalagem e lançou de seguida o projeto “Estradas com História”, um novo produto turístico que vai transformar duas emblemáticas estradas do interior do país – a EN16 e a EN17 – em eixos de descoberta cultural, patrimonial e gastronómica. «É um projeto, no valor de um milhão de euros que muito diz à região e envolve quatro Comunidades Intermunicipais», nomeadamente Região Beiras e Serra da Estrela, Região de Aveiro, Região de Coimbra e Viseu Dão Lafões, que pretende ser «um produto estruturado, reduzir a sazonalidade, reduzir a pegada carbónica e promover o território».
Descobrir território
A EN16, com 219 quilómetros de extensão, liga Aveiro a Vilar Formoso, percorrendo os distritos de Aveiro, Viseu e Guarda. Já a EN17, conhecida como Estrada da Beira, percorre 129 quilómetros entre Coimbra e Celorico da Beira, unindo os distritos de Coimbra e Guarda.
Mais do que um simples percurso, a nova rota turística “Estradas com História: EN16 e EN17” está assente em quatro objetivos principais: dinamizar o turismo no interior, através de uma rede colaborativa que junta operadores turísticos, municípios e agentes locais, valorizar a autenticidade das comunidades e dos seus recursos endógenos, enriquecendo as experiências dos visitantes; reforçar a sustentabilidade turística da região Centro de Portugal, ao contribuir para o incremento do número de dormidas e do tempo de permanência de visitantes na região; e promover a mobilidade no território, impulsionando a descoberta de novos destinos ao longo das duas estradas históricas.
Plano de ação arrojado
O plano de ação do novo produto turístico prevê a implementação de várias medidas estratégicas, que incluem a criação de roteiros turísticos, o desenvolvimento de infraestruturas de sinalização, a capacitação de agentes locais e uma abrangente campanha de promoção.
Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, deu conta que em 2024 o país recebeu «30 milhões de hóspedes internacionais, 81 milhões de dormida e gerou 27 mil milhões de euros de receitas».