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BTL: Região de Coimbra orgulhosa pelos lugares únicos a visitar

Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra desafiou Filomena Cautela para ser anfitriã da região, numa sessão em que mostrou que há locais na região que não existem em mais lado nenhum
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Filomena Cautela fez a “proeza” de se apresentar a ela própria, ainda antes de se mostrar enquanto figura pública à vasta plateia de autarcas da região e outros convidados que assistiram à apresentação da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, que arrancou ontem na FIL e decorre até domingo.

Anunciou-se, rotulou-se a ela própria como a «simpática» Filomena Cautela e apareceu em público. E só por aqui já se tinha uma amostra de uma apresentação que viria a ter a tónica na diversão, mas que teria também muito de séria, ao darem-se a conhecer alguns projetos turísticos da região.

A animação da apresentadora – e foi para isso mesmo que foi contratada – não se ficou por aqui. Entrou pelo público e sentou-se ao colo de Nuno Moita, presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, e depois desfez-se em elogios à Pampilhosa da Serra, que bem conhece, o que encheu o autarca Jorge Custódio de orgulho. Em seguida, fez dos mascarados do entrudo de Góis, que tranquilamente embelezavam o cenário, os seus “ajudantes” de serviço, atribuindo-lhes a tarefa de agitarem os chocalhos sempre que se dissesse que o stand da CIM-RC é o melhor da BTL. Entrava, entretanto, no registo sério, ao destacar o «enorme potencial turístico» da região de Coimbra, «o melhor local longe das massas turísticas de Lisboa e Porto».

O que se seguiu nesta primeira “aparição” da CIM-RC na BTL foi a apresentação do que estava previsto: o guia de locais únicos da região e o filme produzido 100% com inteligência artificial.

Emílio Torrão, presidente da CIM-RC quis, na sua primeira abordagem, «evidenciar tudo de bom» que existe nesta região, mas acabou por particularizar, para entrar no guia dos locais únicos, um documento que elenca 114 locais, seis por cada um dos 19 municípios da região de Coimbra. São locais únicos, que prometem experiências arrebatadoras, diferentes de tudo o resto. São locais que não existem em mais lado nenhum e o turismo também vive disso mesmo. O que é singular atrai. E deu exemplos destes locais «insólitos» que têm estado fora da rota turística: «o azulejo da raposa na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra» que poucos saberão que existe.

«Estamos muito orgulhosos em apresentar esta diversidade típica da nossa região» afirmou, voltando, mais uma vez, a dar exemplos do que é diverso, das particularidades da gastronomia ao dark sky em franca ascensão em Pampilhosa da Serra. «Não sei o que fizeste Jorge (Custódio)», afirmou, dirigindo-se ao autarca local e demonstrando que a região tem particularidades que se transformam em algo comum através da partilha de recursos e saberes entre municípios. «Aprendemos com a Pampilhosa, aprendemos com todos, passamos estes testemunhos uns aos outros», garantiu.

«Convido a descobrir esta espetacular e encantadora região de Coimbra»

Emílio Torrão fez ainda especial referência ao stand, totalmente feito com materiais recicláveis e claramente tecnológico. «É um stand inovador, com um vídeo totalmente produzido em Inteligência Artificial (IA), deu muito trabalho porque é tecnologia muito recente, mas é uma verdadeira obra prima que incentivo todos a descobrir», afirmou.

Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal (TCP), referiu-se à região de Coimbra como «caso de sucesso» porque teve a capacidade para unir os autarcas aos empresários numa «concertação de esforços para irem buscar o storytelling e o que é único do território para servir de bandeja aos turistas». «Isto é turismo, são singularidades do território que se transformam em economia», afirmou a dirigente da TCP.

Numa apresentação que teve na plateia um alargado leque de autarcas dos vários municípios da região, o entusiasmo também se sentiu no momento da apresentação do vídeo feito 100% com Inteligência Artificial que, percorrendo todos os municípios da CIM-RC, trouxe ao presente um pouco da história do passado que, misturando com as artes e os saberes, resultou num convite expresso à visita.

Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, não se resumiu a turismo e preferiu destacar «a qualidade de vida» da região de Coimbra». «Não é só o turismo que importa, «importa também uma região onde as pessoas gostem de viver», defendeu.

Trabalho de “arqueologia fina” para chegar aos 114 locais

O secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra destacou o «trabalho de arqueologia fina de procura ao longo dos últimos meses» para chegar ao produto final de 114 lugares que permite apresentar um guia com o que de mais único existe em cada um dos municípios. «Vai fazer com que os turistas fiquem vários dias», afirmou Jorge Brito, certo de que este é um projeto que permite combater aqueles que são os principais problemas da região: a baixa estadia e a sazonalidade.

Das rochas que contam histórias em Arganil à viagem de batel na Figueira da Foz, do entrudo tradicional de Góis à casa do circo na Lousã, passando pela igreja do Diabo em Soure ou o ser pastor por um dia de Vila Nova de Poiares, são muitas as propostas «sob um novo olhar» para conhecer na região. Afinal, «a singularidade de um destino é o seu maior atrativo e mais valioso se torna para os visitantes», considerou.

“Acho que se vão surpreender”

Local de férias de infância, a região não é estranha a Filomena Cautela que, ainda assim, admite que «há locais incríveis» por descobrir. «Tenho a certeza que apesar de conhecer bem a zona, me vou surpreender muito. Fica o convite, acho que também se vão surpreender», afirmou a apresentadora que considerou ainda a região de Coimbra como uma zona do país que dá para visitar o ano inteiro e «há sempre uma coisa diferente para ver». Além disso, rematou, «é boa gente».

Março 13, 2025 . 06:40

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