
Talking Brains coloca Coimbra entre as capitais das exposições de ciência na Europa
O UC Exploratório tem uma nova exposição, inaugurada na quinta-feira, que aborda o cérebro como local do corpo onde as linguagens são criadas. Patente durante um ano naquele Centro Ciência Viva, da responsabilidade da Universidade de Coimbra, "Talking Brains" pretende, de «uma forma muito inovadora e interativa mostrar como é que a linguagem humana é criada pelo cérebro e como vai evoluindo de modo a termos hoje, em todo o mundo, mais de sete mil línguas diferentes», como partilhou, em entrevista ao Diário de Coimbra, Paulo Trincão, diretor do UC Exploratório.
«O cérebro humano transforma-nos numa espécie única no mundo, os hominídeos, que devem à linguagem o seu desenvolvimento, através da comunicação», continua o responsável. Entre os vários pontos de interesse da exposição, que chega a Coimbra, depois de uma temporada no Pavilhão do Conhecimento, através de um apoio da Fundação la Caixa, Paulo Trincão destaca, para além de um crânio gigante, que se torna imponente num dos espaços, as três reproduções de hominídeos, em tamanho de um por um, pelo impacto grande que têm no espaço e pela forma como mostram que «que a evolução da linguagem vem desde os primeiros hominídeos».
Paulo Trincão sublinha também «o labirinto da linguagem com jogos interativos, que permite perceber como é que a linguagem é formada». «Um bebé inglês chora em inglês? O chinês chora em chinês?», questiona, prometendo «muitos desafios», apresentados sempre «de uma forma lúdica».
Paulo Trincão aproveita para sublinhar o «apoio extraordinário» da Fundação "la Caixa" que permite que o UC Exploratório possa ter três anos de exposições definidas. Depois de "Talking Brains", em 2026 irá receber uma exposição sobre espelhos "O outro lado da realidade" e, em 2027, uma grande exposição sobre printing 3D. No fundo, o objetivo é colocar «o UC Exploratório, a UC e Coimbra entre as capitais das exposições de ciência" e ter aqui «exposições que orgulham a cidade».