
AG da Académica “defende-se” das críticas da Direção
A Assembleia Geral (AG) da Académica/OAF veio, ontem, esclarecer que a decisão de marcar a reunião de associados para 11 de abril foi tomada com base na necessidade de incluir a aprovação das contas da época 2023/2024, contrariando a posição manifestada num comunicado emitido (divulgado apenas aos sócios mas ao qual o nosso Jornal teve acesso), na noite de sexta-feira, pela Direção do clube.
Num comunicado próprio, em que fez a “defesa” do comunicado da Direção, a Mesa da AG dos estudantes sublinha que a marcação da Assembleia teve em conta «a previsão da finalização das contas da AAC-OAF, SDUQ, Lda respeitantes à época desportiva de 2023/2024, de forma a serem igualmente aprovadas nesta Assembleia Geral», bem como a necessidade de «transmitir aos sócios informação consistente sobre as contas da AAC-OAF», pode ler-se.
Além disso, a Mesa, da qual o presidente é Fernando Barata Alves, rejeitou a ideia de que a reunião poderia ter sido agendada mais cedo, justificando que «a necessidade de tempo referida pela Direção da AAC-OAF para a finalização das contas» foi determinante para o agendamento para abril. A Assembleia Geral nega, ainda, que a disponibilidade dos seus membros tenha tido qualquer impacto na escolha da data: «As agendas dos membros da Mesa da Assembleia Geral nunca condicionaram a realização de qualquer ato ou reunião relacionados com as atribuições estatutárias da AAC-OAF», está, ainda, escrito no comunicado.
O documento também aborda a questão das eleições antecipadas, outra matéria que tem gerado tensão entre os órgãos sociais do clube. A Mesa afirma que «tomou uma decisão fundamentada para a sua não convocação, que em devido tempo comunicou à Direção da AAC-OAF», deixando claro que não vê razões para avançar com o sufrágio antes do final do atual mandato.
Presidente Miguel Ribeiro foi contra o comunicado
Segundo fonte conhecedora do processo, o presidente da Académica/OAF, Miguel Ribeiro, e um vice-presidente do clube, votaram contra a emissão do comunicado da Direção, por considerarem que este «revela falta de solidariedade institucional e é um desrespeito pela separação de poderes» dentro do clube.
Esta posição reflete um crescente clima de divisão entre os dirigentes da Briosa, num momento importante para o futuro da instituição. A decisão de marcar ou não eleições antecipadas (terão de decorrer, estatutariamente, entre os dias 15 de maio e 15 de junho) e a discussão sobre a situação financeira do clube têm gerado fricções internas, com diferentes visões sobre a melhor forma de conduzir o processo.
O que é certo é que, com a AG marcada para 11 de abril, a turma escolar prepara-se para um debate que poderá definir o rumo do clube nos próximos meses com os associados a serem chamados para discutirem vários temas.