
AAC apresenta “uma mão cheia” de medidas
A Associação Académica de Coimbra (AAC) está a preparar a moção estratégica “Uma mão cheia para o ensino superior” no âmbito das eleições legislativas de maio, na sequência da queda do governo.
«Infelizmente, vivemos um período de instabilidade política que levou a repensar não só aquilo que era o mandato para 2025 a nível de eleições autárquicas, bem como a preparação para as eleições presidenciais», salientou ontem, em conferência de imprensa, o presidente da Direção Geral da AAC, referindo que a preocupação é garantir «um ensino justo, gratuito e acessível aos estudantes».
«Queremos apresentar uma agenda política com prazos», salientou Carlos Magalhães, dando como exemplo a importância da revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), mas também a questão da habitação estudantil ou da acção social.
Conforme apresentou o vice-presidente da DG/AAC, José Machado, até ao final do mês de março, irá decorrer o período de auscultação e participação pública, em que se desafia a comunidade estudantil e não só, através do site da AAC, a enviar sugestões para a construção da moção.
Para o dia 1 de abril, está marcado um momento presencial de auscultação e participação pública.
«Todo este processo de auscultação pública e trabalho interno acabará por culminar, no dia 14 de abril, com a apresentação oficial da moção estratégica para as eleições “Uma mão cheia para o ensino superior», referiu José Machado.
Até 27 de abril, a AAC aposta em "momentos reivindicativos de rua"
Até 27 de abril, a AAC aposta em «momentos reivindicativos de rua», para que, depois, até 10 de maio, decorra o período de receção e apresentação do documento aos partidos políticos.
Para 13 de maio, a Associação Académico marcou a apresentação do relatório de contributos partidários.
«Acreditamos que esta agenda é, acima de tudo, realista, faseada, dará margem de manobra necessária para que, efetivamente, a academia se faça ouvir no panorama nacional», referiu o dirigente, certo de que «as cinco grandes propostas» a apresentar terão «consequências positivas para o futuro do ensino superior».
«O que, efetivamente, não pode continuar abandonado é o ensino superior. Andamos há cinco anos a vê-lo ser diluído, a ser esquecido», lamentou Carlos Magalhães, ao referir que, na agenda, está também a análise a medidas apresentadas pelo governo «para corrigir as necessidades». A ideia é fazer um ponto de situações relativamente a projetos como o cheque-psicólogo ou o cheque-nutricionista, assim como questões relacionadas com o estatuto de estudante-atleta.