
Estudantes participam em recolha de sangue na AAC
Dezenas de estudantes estão hoje a participar numa recolha de sangue, na sala de estudo da Associação Académica de Coimbra (AAC), promovida pela comissão organizadora da Queima das Fitas, em parceria com a AAC, ULS de Coimbra e a Associação de Dadores de Sangue de Coimbra.
Mesmo antes das portas abrirem já se fazia fila para participar. Joana Veríssimo, da Figueira da Foz, e Inês Franco, das Caldas da Rainha, são caloiras da Escola Superior de Enfermagem e, quando souberam da iniciativa, não hesitaram em aderir. «Estou um bocadinho nervosa, tenho um bocadinho de medo de desmaiar, mas estou muito contente com esta iniciativa», confessa Joana, na primeira vez que dá sangue.
Estreante também na dádiva de sangue, Inês Franco destacou a importância da iniciativa para ajudar as reservas de sangue.
Catarina Marques, estudante de Arqueologia, é dadora de sangue habitual e já o ano passado participou na iniciativa da Queima das Fitas. «Aproxima muito os estudantes da dádiva de sangue. Muitas pessoas não sabem, nem estão conscientes do que se passa e acaba por consciencializar, nem que seja em troca de algo», refere a jovem de Viseu.
Margarida Oliveira, comissária responsável pela organização da iniciativa, previa, esta manhã, que pudessem passar pela sala de estudo da AAC cerca de 500 estudantes, tendo em conta o êxito da ação no ano passado. «Consciencialização e responsabilidade» são palavras de ordem e um sinal disso mesmo é que muitos dos estudantes que vão à AAC dar sangue «não querem participar no sorteio [de um bilhete geral]». «Estão cá mesmo só pela dádiva», refere.
Recorde-se, então, no âmbito da recolha, os participantes ficam habilitados a ganhar um bilhete geral para a Queima das Fitas.
Importância de fomentar a dádiva entre os mais jovens
André Gonçalo Coelho, médico interno do Serviço de Imuno-hemoterapia da ULS de Coimbra, adiantou aos jornalistas que estas ações contribuem para "conquistar" «dadores mais jovens». «Fomentar a dádiva de sangue entre a população mais jovem» e, ao mesmo tempo, dar conta da «importância que a dádiva de sangue tem no tratamento dos nossos doentes com múltiplas patologias, desde traumas a perdas de sangue num parto ou até mesmo em doentes com patologia neoplásia» são mais-valias.
André Gonçalo Coelho destaca ainda que «todos os grupos sanguíneos são necessários». «Obviamente que na população portuguesa há dois tipos de sangue mais comuns, A e 0. No entanto, todos os grupos de sangue são importantes e necessários para um stock menos carenciado», salienta.