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Operação Pretoriano: André Villas-Boas vai testemunhar na quinta-feira

Os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões e a mulher começaram na segunda-feira a responder por 31 crimes

André Villas-Boas, como representante legal da SAD do FC Porto, e Henrique Ramos, a título individual, ambos como assistentes da Operação Pretoriano, vão ser ouvidos como testemunhas na quinta-feira, confirmou hoje a juíza titular do processo.

No final do segundo dia do julgamento, no Tribunal de São João Novo, no Porto, a juíza Ana Dias Costa informou que o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, representante legal da SAD dos 'dragões', e Henrique Ramos vão ser ouvidos, seguidos das primeiras testemunhas da acusação, no caso três elementos das forças policiais, .

Já as cinco testemunhas que deviam ter sido hoje ouvidas foram reagendadas para segunda-feira, dia da quarta sessão do julgamento, porque a audição de oito dos 12 arguidos - quatro optaram pelo silêncio – demorou dois dias, um além do previsto.

Entretanto, os arguidos José Dias, José Pedro Pereira e Hugo Loureiro pediram hoje dispensa das próximas sessões do julgamento, alegando motivos profissionais, situação a que o coletivo de juízes acedeu, permitindo que sejam representados pelos seus advogados.

José Dias e Fábio Sousa, os dois últimos arguidos que quiseram falar, negaram os crimes de que são acusados.

José Dias era sócio sem as quotas em dia, mas conseguiu entrar na Assembleia Geral (AG), na qual se exaltou quando ouviu o discurso de Henrique Ramos, seu conhecido, apoiante de Pinto da Costa – “até tem uma tatuagem com a assinatura dele” -, mas que teria intervindo em busca de “protagonismo”.

“O Henrique Ramos estava a discursar e no fim aconteceu um burburinho. Não gostei que ele tivesse ido incendiar as coisas, os ânimos já estavam exaltados. Proferi um insulto. Só lhe disse ‘ó boi’. Eu conheço o Henrique Ramos há muitos anos. Eu não fiz nada mais do que isso”, garantiu.

Já Fábio Sousa negou ligações aos restantes arguidos, exceto a Hugo Carneiro ‘Polaco’, único que conhecia pessoalmente.

Refutou ter batido num casal, na mesma ‘confusão’ que envolveu os dois Vítor ‘Aleixo’, pai e filho, e também ter ameaçado quem quer que fosse, confessando ter entrado na AG sem sequer ser sócio nem saber “que havia votação”.

Quando fumava um cigarro no interior do Dragão Arena, comportamento que motivou a juíza a recordar a expressão “vale tudo” presente numa das mensagens que consta da acusação, ter-se-á abeirado dos tumultos com ‘Aleixo’ e Henrique Ramos, mas um segurança impediu-o de “os ir separar”, segundo explicou.

Questionado pela defesa, disse ter uma ligação intermitente aos jogos dos ‘dragões’, por ter passado quatro anos no Exército.

Os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões e a mulher, Sandra Madureira, começaram na segunda-feira a responder por 31 crimes no Tribunal de São João Novo, no Porto, sob forte aparato policial nas imediações.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, em torno de uma AG do FC Porto, em novembro de 2023.

Entre a dúzia de arguidos, Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, igualmente com ligações à claque.

Março 18, 2025 . 19:27

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