
Cemitério de Condeixa-a-Velha ampliado no prazo de 365 dias
Com crescentes necessidades fúnebres, o que está associado ao aumento da população residente nas últimas décadas, Condeixa tem pela frente a necessidade de aumentar os espaços dos cemitérios. Ontem foi assinado o auto de consignação da obra de ampliação do cemitério de Condeixa-a-
-Velha, a executar em 365 dias pela empresa vencedora do concurso público.
Na sequência de contrato-
-programa celebrado entre a União das Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova e a Câmara de Condeixa-a-Nova, os técnicos municipais elaboraram o projeto, atendendo à localização sensível do terreno, nomeadamente pela proximidade das ruínas de Conimbriga, necessidade de afastamento e preservação de vestígios do aqueduto romano e da muralha da cidade, recorrendo a soluções pré-fabricadas para a construção de gavetões, de ossários e de sepulturas, entre outras preocupações.
Financiada pela Câmara, a empreitada de ampliação, num valor superior a 197 mil euros, será desenvolvida em três fases. Na primeira, esclareceu o presidente da União de Freguesias, Paulo Simões, serão construídas 27 campas e 30 ossários, e no futuro mais 30 campas, ossários, gavetões e casa mortuária.
Obra é urgente
e arranca em abril. O
cemitério tem apenas duas vagas, notou o autarca Paulo Simões
Ao agradecer o empenho do município, até por ser uma obra avultada que não estava ao alcance da freguesia, Paulo Simões notou que é uma necessidade urgente. Atualmente, disse, o cemitério de Condeixa--a-Velha tem apenas duas vagas. Num apelo à empresa para cumprimento de prazos, reconheceu também a possibilidade de imprevistos, numa zona arqueológica próxima das ruínas de Conimbriga.
Na primeira fase serão ainda construídos muros limitadores de todo o cemitério, com ligação ao existente, arruamentos internos, as 27 campas, um módulo de ossários e infraestruturas.
Em representação da empresa, Nelson Pedro Coelho assumiu a vontade de cumprir os prazos, ou até antecipar, mesmo com dificuldades de mão-de-obra, salvaguardando, no entanto, possíveis surpresas. Pretende-se cumprir os prazos e fazer uma obra com qualidade, reforçou.
Nuno Moita, presidente da Câmara de Condeixa, assinalou o esforço conjunto do município, incluindo aqui os técnicos envolvidos, e da União de Freguesias. «Gostaria que tivesse sido há mais tempo», observou o autarca, referindo--se a dificuldades em se conseguir receita.
Em final do último mandato, o autarca já não presidirá à inauguração, nem de muitos outras obras em curso, num valor próximo dos 20 milhões de euros. Sem resposta positiva ao pedido, em jeito de brincadeira, para que a empreitada fosse concluída em meio ano, Nuno Moita mostrou satisfação por ficarem obras que irão servir as populações.