
Vigília exige solução para mãe em risco de perder filhos
Cerca de 50 pessoas estiveram hoje na vigília em solidariedade com a mulher desalojada em Loures, exigindo uma solução permanente para aquela mãe e todas as que correm o risco de perder os filhos por falta de habitação. As previsões de mau tempo, a chuva e o frio não demoveram várias dezenas de pessoas de se concentrarem em frente à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, hospital de onde Ana Paula teve alta hoje à tarde depois de ter tido um bebé.
A vigília foi convocada pela associação Habita, Rede 8 de Março, União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e o movimento Vida Justa, em solidariedade com Ana Paula e «todas as mães em risco de perderem os filhos por não terem acesso a habitação».
Lúcia Nunes, uma das pessoas presentes, apontou que «não é fácil ser mãe neste país» e disse esperar que o caso da Ana Paula, bem como outros idênticos, «venha a ser discutido na praça pública».
Já Ivan Coimbra defendeu a vigília de hoje como «um passo importante da luta» e um exercício de democracia, apontando a crise da habitação como «um dos problemas estruturais do sistema português».
Rita Silva, do movimento Vida Justa, por seu lado explicou que a vigília vai além do apoio à causa de Ana Paula, que viu a sua casa autoconstruída no bairro do Talude Militar, ser demolida em 24 de setembro de 2024, e que tem vivido desde então com três filhas numa pensão em Lisboa, paga pelo Instituto de Segurança Social.