
Concurso para a requalificação da Secundária lançado este mês
O presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova adiantou, ontem, que o concurso para a requalificação da Escola Secundária Fernando Namora será lançado ainda durante o mês de março.
A intervenção, que prevê um investimento na ordem dos 7 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) «vai dar um aumento de qualidade e condições» à comunidade educativa, adiantou Nuno Moita, em declarações ao Diário de Coimbra no âmbito da inauguração da sala snoezelen na EB n.º 3 de Condeixa, escola que, segundo o autarca, também «tem necessidade» de intervenção para melhorar alguns espaços.
Nuno Moita lembrou também que, ao nível da requalificação do parque escolar, vai também avançar a requalificação da EB 2,3. Trata-se de uma obra na ordem de 1 milhão de euros, enquadrada no programa 2030.
Com uma população estudantil de 1 mil alunos, Condeixa regista, atualmente, «mais procura do que oferta», realçou o presidente do município, ao dar conta do aumento de alunos, «de ano para ano».
Relativamente a sala snoezelen, ontem inaugurada, o autarca está certo de que «vai certamente ajudar» as crianças, especialmente as que têm necessidades especiais.
«Estas pequenas ajudas dão sentido à nossa missão enquanto políticos », sublinhou, reforçando que o projeto representa «um esforço que tem um sentido muito especial e que emociona».
A sala snoezelen é um espaço multissensorial, que proporciona aos utilizadores «uma resposta mais inclusiva, que proporciona bem-estar», explicou Ilda Cardoso, professora de educação especial e multideficiência.
Nesta fase inicial, o novo espaço acolherá, especialmente, os seis alunos com necessidades especiais da EB n.º3 de Condeixa, mas, o objetivo é que, futuramente, alunos de outros estabelecimentos de ensino também com necessidades especiais e multideficiências possam usufruir deste recurso.
Com recursos a estímulos controlados, como luzes, sons, aromas e texturas, uma sala snoezelen visa proporcionar um ambiente terapêutico e pedagógico.
«Estas abordagem tem benefícios amplamente reconhecidos e pode ser utilizada tanto por crianças com perturbações do neurodesenvolvimento, como o autismo, como por alunos sem necessidades educativas, tornando-se um espaço inclusivo e versátil», refere a Câmara de Condeixa, que investiu 23 mil euros neste projeto