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“Continuamos a crescer”: Mostra de doçaria com centenas de visitantes

Mesmo com chuva, a abertura da 14.ª edição da Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra no Convento S. Francisco não ficou vazia. Centenas, ou até milhares, de pessoas deslocaram-se para o seu primeiro dia

Os números ainda não são certos, mas foram grandes. Pelo menos, é essa a expectativa. Durante o corrente fim de semana espera-se uma enchente no Convento S. Francisco para conhecer o que de melhor existe na doçaria conventual e contemporânea, em Portugal, Espanha e França. Apesar de coincidir com os primeiros dias do Festival Internacional de Chocolate, em Óbidos, este é um evento diferente e que, por um lado, acaba por “complementar” a oferta nacional, tornando-se um ponto de paragem indiscutível.

Os dias de ontem e hoje ficaram marcados para os amantes de doces como um verdadeiro banquete. A oferta extensa e os especialistas na área, disponíveis para explicar a preparação e a história de cada doce, fazem desta não só a maior mostra deste género, mas também a melhor. Com 14 edições realizadas, o crescimento é notório e já fez com que se visse obrigada a mudar de localização várias vezes. Desta vez, a expansão foi dentro do próprio convento, ocupando vário pisos.

“A cidade está a acontecer. Coimbra está a crescer”, José Manuel Silva

Do ponto de vista de José Manuel Silva, presidente da Câmara de Coimbra, este é um exemplo da «dinamização» da cidade e do seu constante crescimento nos últimos anos. «Este é o nosso maior certame e é a maior mostra de doçaria do país», uma realidade que o presidente enaltece com grande satisfação. São 50 expositores prontos para receber todo o público, com a inclusão das «nossas cidades» em Espanha e França, que também trouxeram o que de melhor existe no seu “terreno”.

Destacando a influência momentos culturais como a mostra de doçaria, José Manuel Silva afirma que «a cidade está a acontecer. Coimbra está a crescer». Apesar de «longe do desejado», a cidade começa a mostrar uma revitalização nos últimos anos. «Coimbra era uma cidade estagnada, e esse paradigma mudou 180 graus».

Maria Preciosa Vale, cancelária da Confraria dos Sabores de Coimbra, admite que é sempre uma «honra» estar presente nas diferentes iniciativas porque a confraria tem o objetivo de «divulgar e defender a doçaria conventual e a cozinha tradicional», logo estes eventos oferecem a «oportunidade perfeita» para concretizar os objetivos. A “presidente” da confraria relembra que no outubro passado se deslocaram a Luxemburgo para um encontro internacional, onde o Pudim das Clarissas «fez furor».

Do lado da queijadinha, uma das confeiteiras do prestigiado doce conta-nos que o segredo das presentes na Queijadinha Doçaria Conventual de Pereira, é a humanização em cada confeção. «Todas são feitas à mão, com grande cuidado. Basta que uma de nós esteja a ter um dia mau e o resultado não é o mesmo», conta.

Ana Figueiras é confeiteira na Celestes & Companhia, de Santarém, e enaltece a qualidade da mostra coimbrã. «Ja fomos convidados algumas vezes, temos sempre muito prazer em regressar».

Hoje, das 10h00 até às 20h00, o Convento S. Francisco estará aberto para o último dia do evento, onde se poderá participar em mais do que “apenas” provar a doçaria. O grande destaque vai para o espetáculo “Aleixo Amigo”, que decorre pelas 18h00 no Grande Auditório.

Março 22, 2025 . 20:00

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