Operário de Mira julgado por burla com compras online

Operário fabril, de 29 anos, solteiro, residente em Mira, especializou-se em fazer compras online sem efetuar o respetivo pagamento. Um plano gizado para adquirir os mais diversos bens, desde telemóveis, motociclos ou computadores, que o vai levar ao banco dos réus. Está acusado pelo Ministério Público (MP) da prática de 12 crimes de burla qualificada, nove de uso de documento de identificação alheio e três de falsidade informática.
Os crimes foram praticados entre abril de 2020 e março de 2021, através das plataformas online de venda de bens, OLX e Marketplace, do Facebook, refere a acusação. Para conseguir os seus intentos, o arguido criou, pelo menos, «três perfis de Facebook falsos, em nome de outras pessoas». Desta forma conseguiu «esconder a sua verdadeira identidade», fazendo-se passar por outra pessoa. Umas vezes era João Filipe, outras Ana Maria e outras ainda Rafael Costa.
Através destes perfis forjados, o arguido contactava os anunciantes e manifestava interesse em adquirir a venda. Dizia residir em França e pretender o equipamento para oferecer como presente de aniversário a um familiar, «que residia nos concelhos de Mira ou de Cantanhede», refere a acusação.
Acordado o preço, o arguido remetia ao vendedor um «documento da Caixa Geral de Depósitos a atestar uma suposta transferência bancária, indicando o valor acordado. Para «dar maior credibilidade ao negócio», em algumas situações procedia ao envio da fotografia do cartão de cidadão da pessoa cujo perfil tinha utilizado.