
Avenida Central abre Coimbra ao futuro
O nome do primeiro governador de Coimbra no século XI, nos tempos da Reconquista, D. Sesnando Davides, foi o escolhido para a Avenida Central. Uma figura com uma enorme «carga histórica e simbólica», que representa «uma lição de paz e de cooperação» entre diferentes povos, sublinhou José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal, ontem na cerimónia de inauguração. Uma avenida que «rasga a cidade ao meio», é um sinal claro de mudança, de progresso, de futuro, mas mantém a deferência pela «História e pelo património» que fazem de Coimbra uma «cidade única».
A «primeira capital do Reino» acaba de dar um «passo muito importante para o futuro», com a inauguração da nova avenida, que acontece «31 anos depois» de ser ter falado da instalação do metro ligeiro de superfície na Linha da Lousã e no espaço urbano da cidade, lembrou o autarca. Uma avenida pensada «há umas boas dezenas de anos», disse, corroborando a precisa lição de História que João Marrana, presidente do Conselho de Administração da Metro Mondego, pouco antes tinha dado, ao lembrar que a ligação entre o centro cívico da cidade e o rio fora planeada por Luís Benavente (1946), Etienne de Groër (1940), Antão de Almeida Garrett (1955), Alberto José Pessoa ou Fernando Távora (1992), que advogavam um novo eixo urbano que aproximasse a cidade ao rio, requalificando a Baixa. Uma obra que acontece num quadro de cooperação entre a Metro Mondego (MM), a Infraestruturas de Portugal (IP) e o Município.
«Um dia marcante para a cidade e para a Baixa» que «vai ter uma nova luminosidade», num «casamento entre a antiguidade e a modernidade», testemunhando a «imagem que queremos transmitir da cidade, que é património, antiguidade, mas também modernidade, mobilidade e inovação», adiantou o edil.

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