
Autores de “A Fábrica das Sombras” deslumbrados com Santa Clara-a-Nova
150 espelhos em suspenso e uma banda sonora escolhida a dedo fazem de The Infinity Machine uma das mais emblemáticas obras de Janet Cardiff e George Bures Miller, que, pela primeira vez, estará em exposição fora do continente americano. Entre 5 de abril e 5 de julho, The Infinity Machine estará no Convento de Santa Clara-a-Nova, no âmbito da exposição “A Fábrica das Sombras”, apresentada em solo show pelo Anozero – Bienal de Coimbra, dedicada a esta dupla de artistas, internacionalmente reconhecida pelas instalações sonoras multimédia imersivas, que chega do Canadá para dar vida a «um dos mais ambiciosos projetos» do Anozero.

«Tem sido uma grande surpresa para a comunidade artística na Europa conseguirmos trazer esta dupla», adianta ao Diário de Coimbra Carlos Antunes, curador da exposição e diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, dando conta de que Janet Cardiff e George Bures Miller expõem pela primeira vez em Portugal e, mesmo na Europa, estiveram «não muitas vezes».
«Quando acreditamos no artista e no projeto, vamos atrás dele», salienta, convicto de que o Convento de Santa Clara-a-Nova foi «o elemento decisivo». «Temos de imaginar que Portugal é, do ponto de vista da produção artística, um contexto não muito conhecido internacionalmente. Estes grandes artistas internacionais olham sempre com alguma reserva, porque são solicitados por todo o mundo e têm de escolher com muita precisão os projetos que aceitam», explica, dando conta de uma conversa inicial «mais reservada» e de outra que a dupla canadiana teve com Ragnar Kjartansson, o artista convidado do solo show’23 do Anozero.
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