
“Estamos com décadas de atraso no combate à má alimentação”
Partindo do pressuposto de que “somos o espelho daquilo que comemos” porque é que se continuam a tomar decisões que, primeiro que tudo, condicionam a saúde, mas também o ambiente e o desempenho da economia? Foi exatamente para promover a Dieta Mediterrânica e os produtos endógenos, sensibilizando para a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, combatendo o desperdício alimentar, que foi idealizado o projeto “A Comer é que a gente se entende!”.
Trata-se de uma iniciativa comunitária promovida pelo Ministério da Agricultura que começou a ser desenvolvida em 2020 pela CoimbraMaisFuturo, em parceria com as associações ADELO, ADIBER, ADICES, DUECEIRA, Pinhais do Zêzere e Terras de Sicó, sob o “chapéu” da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Volvidos cinco anos, decorreu ontem no Museu do Azeite, em Bobadela, concelho de Oliveira do Hospital, o evento de encerramento com a apresentação dos resultados, com os presentes a serem brindados com a degustação de alguns produtos endógenos.

«Apesar de estarmos a assinalar o encerramento» de uma ação que integra as 22 aprovadas no âmbito do Plano Nacional para a Alimentação Equilibrada e Sustentável (PNAES) da Rede Rural Nacional, «o trabalho não está finalizado. Ainda há muito para fazer na nossa comunidade e território» disse Sofia Santos, coordenadora da CoimbraMaisFuturo, reconhecendo que a «má alimentação é um problema que se tem vindo a agravar», com Portugal, em particular, a registar «décadas de atraso» no seu combate.
