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Alterações “travam” candidatura de Conimbriga a património da UNESCO

Objetivo é apresentar uma proposta mais consolidada, que inclua a ampliação do Museu, o anfiteatro e a nova área do Campos Arqueológico, alargada com mais terrenos

As circunstâncias mudaram radicalmente e o processo de candidatura das Ruínas de Conimbriga a Património Mundial da UNESCO, liderado pela Câmara Municipal de Condeixa, vai ser reiniciado. A informação foi avançada por Alexandre Nobre Pais, presidente do Conselho de Administração da Museu e Monumentos de Portugal e confirmada pela arquiteta Sofia Correia, da Câmara de Condeixa, na cerimónia de apresentação pública de terrenos agora adquiridos e que vão permitir a expansão do Campo Arqueológico de Conimbriga

«Quando o processo começou as condições eram diferentes. Não estava para tão breve a aquisição dos terrenos e não tínhamos o processo do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência – que financia a obra de ampliação do Museu Nacional. Os processos de classificação são feitos cristalizando o bem no momento em que é feita a classificação e a partir do momento em que temos uma alteração tão radical, quer do campo arqueológico, quer da oferta que terá, quer do PRR que irá alterar toda a estrutura do Museu e de todo o espaço, não interessa avançar já, caso contrário teríamos que estar constantemente a pedir autorização para qualquer intervenção que fosse feita», afirmou Nobre Pais.

Significa, esclareceu, «e estamos todos de acordo», que o processo «vai parar», e terá que ser «reiniciado». «Vamos fazer uma pausa para trabalharmos todos no PRR, na modificação da nova oferta do Museu e do Campo Arqueológico de forma a avançarmos com uma proposta mais forte e muito mais global e muito mais completa», esclareceu.

Uma candidatura que vai passar os atuais 14 hectares para «algo muito mais profundo e completo». Para uma candidatura destas, «fará muito mais sentido, já termos a perspetiva do anfiteatro – que é um dos cinco anfiteatros da Lusitânia Romana», incluindo o anfiteatro, que será, «provavelmente, um dos polos fundamentais deste espaço».

Inclusão do anfiteatro que, em termos temporais, significa um horizonte lato. «Depende dos recursos que vamos conseguir alocar à escavação e ao processo e msuealização», afirmou Vítor Dias, diretor do Museu Monográfico de Conimbriga. «Com mais recursos obvia-se o tempo, menos recursos estende-se o tempo», adiantou, lembrando que a aquisição dos terrenos hoje apresentada representou «uma ambição de décadas». Consideando que se trata de «uma resposta difícil», o diretor aponta um período temporal entre 10 a 20 anos.

«O processo e candidatura tem de ser obrigatoriamente reiniciado», esclareceu a arquiteta Sofia Correia, da Câmara Municipal de Condeixa, que deixou claro que será o «futuro executivo da Câmara Municipal que terá que assumir ou não esse compromisso».

Para a responsável, a partir do momento em que o processo tem que ser reiniciado, «fará sentido reiniciar, mas tendo em conta os resultados do PRR, das pesquisas e prospeções arqueológicas que têm vindo a ser feitas e também o resultado do PROVERE da Romanização, recentemente aprovado, e que permitirá ampliar a área de intervenção». Este aumento é, também, realçou, «um dado importante», tendo em conta que «uma candidatura à UNESCO não poderá ficar limitada ao Museu», devendo contemplar «a relação com o território e com os terrenos vizinhos que o PROVERE irá contemplar».

Março 27, 2025 . 14:37

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