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Coimbra participa em estudo para melhorar diagnóstico de doenças do fígado

Na investigação, foi utilizada uma técnica de ressonância magnética não invasiva que permite a recolha de imagens com precisão

Um estudo multinacional, que contou com a participação da Universidade de Coimbra (UC), revelou que uma nova técnica de ressonância magnética pode melhorar o diagnóstico e acompanhamento de doenças do fígado e evitar biopsias.

O novo método pode contribuir, em especial, para a melhoria do diagnóstico da doença hepática esteatótica associada a disfunção metabólica, que consiste no excesso de gordura nas células do fígado, afirmou hoje a UC, num comunicado enviado à agência Lusa.

Na investigação, foi utilizada a LiverMultiScan, uma técnica de ressonância magnética não invasiva, que permite a recolha de imagens com precisão e a identificação de biomarcadores para monitorizar a doença.

Os resultados demonstraram que a LiverMultiScan é uma ferramenta económica, capaz de melhorar as taxas de diagnóstico e que pode evitar biopsias, sendo ainda uma opção sem dor para o doente.

Esta abordagem “permite que um procedimento não invasivo evite a realização de biopsia do fígado, com melhoria da relação custo-benefício, permitindo diagnosticar mais pessoas, mais rapidamente e com menos visitas médicas”, revelou um dos autores do estudo e diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde, Miguel Castelo-Branco.

A tecnologia, desenvolvida pela empresa Perspectum, possibilita também uma abordagem não invasiva para diagnosticar e monitorizar pessoas com doenças crónicas do fígado, como a hepatite autoimune e a hepatite viral.

No contexto português, “esta técnica corroborou a melhoria na qualidade de vida e mostrou, ao mesmo tempo, diferenças assinaláveis com os outros países ao nível da oferta e custos dos cuidados de saúde”, explicou o também docente da Faculdade de Medicina da UC.

“Curiosamente, a discrepância entre a elevação inicial dos custos e os benefícios a longo prazo foi mais acentuada em Portugal, o que tem impacto na implementação de estratégias de promoção da saúde”, acrescentou.

O estudo envolveu 802 participantes, dos quais 154 portugueses, e contou com a participação da UC, da Unidade Local de Saúde de Coimbra e de vários centros de saúde da região Centro do país.

A Universidade de Coimbra participou neste estudo no âmbito do projeto europeu “RADIcAL – Non-invasive rapid assessment of chronic liver disease using Magnetic Resonance Imaging with LiverMultiScan”, financiado pela Comissão Europeia.

Março 28, 2025 . 11:09

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