
Escola-Hospital de Reabilitação avança no Rovisco Pais
Afigura-se como uma verdadeira “extensão” da Escola Superior de Tecnologias de Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) e vai instalar-se no Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais. Trata-se do Hospital-Escola de Reabilitação, que representa um novo desafio e uma nova vida para a antiga leprosaria, hoje um centro de excelência na área da reabilitação, que vai assumir um novo paradigma, orientado para a formação e investigação. Um projeto que junta a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) e a Câmara Municipal de Cantanhede, que acabam de assinar o protocolo de entendimento para a criação desta Escola-Hospital.
Trata-se de uma estrutura, mais uma, descentralizada do IPC, hoje presente em sete concelhos da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, que responde a um desafio muito claro lançado pelo Município de Cantanhede, aquando da instalação de um polo vocacionado para a formação na área das artes.
Uma ideia que, assumiu Jorge Conde, presidente do IPC, foi agarrada com “unhas e dentes” pelo presidente da Escola Superior de Tecnologias da Saúde, Paulo Graciano, que apresentou entusiasticamente o projeto, que pretende, em 2030, entrar em “velocidade cruzeiro”, com 500 alunos a frequentarem a Escola-Hospital da Tocha, com uma oferta de quatro licenciaturas e uma pós-graduação, que já começou a funcionar em janeiro. «É a única forma de a escola crescer», assumiu Paulo Graciano, cujo empenho e entusiasmo foi amplamente elogiado na cerimónia, realizada esta tarde.
«É o início de uma mudança de paradigma no Rovisco Pais»
Alexandre Lourenço, presidente do Conselho de Administração da ULS – cuja liderança foi largamente elogiada pela ministra da Saúde - destacou a excelência do Rovisco Pais na área da Reabilitação e aproveitou para dar conta da contratação, pela ULS, de «mais de 90 técnicos desta área». Referiu, ainda, a regularização da situação profissional de um número elevado de colaboradores da instituição e anunciou, para abril, a entrada em funcionamento da piscina, depois de obras de recuperação, e a criação de mais 30 camas, até setembro, de forma a combater a lista de espera no Rovisco Pais.
Helena Teodósio, presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, destacou o «momento determinante para o desenvolvimento do concelho» que a assinatura do memorando representa, reforçando o papel interventivo que a autarquia vai assumir, garantindo os necessários meios logísticos para o funcionamento da Escola-Hospital e garantiu, ainda, o empenho do município na criação de residências para o acolhimento de estudantes.
«É o início de uma mudança de paradigma no Rovisco Pais», disse, enfatizando o papel assumido por Alexandre Lourenço no desenvolvimento deste projeto a instalar nos 140 hectares do Centro de Reabilitação Rovisco Pais, onde «podem continuar a renascer opções».
A cerimónia contou, também, com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.