
«É uma honra muito grande», afirma Jorge Reis-Sá, vencedor do Prémio Literário Inês de Castro
A cerimónia de Entrega do Prémio Literário e Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro 2024 decorreu hoje ao longo da tarde, no Hotel Quinta das Lágrimas.
A entrega de prémios contou com a presença de Assunção Júdice, presidente da Fundação Inês de Castro, António Carlos Cortez, membro do júri, José Carlos Seabra Pereira, presidente do Júri e membro de Conselho executivo da Fundação Inês de Castro, assim como a vereadora Ana Bastos, a representar a Câmara Municipal de Coimbra.
No momento foram distinguidos dois autores: Jorge Reis-Sá, vencedor do Prémio Literário Fundação Inês de Castro com a obra "Prado do Repouso" e Fernando Guimarães, homenageado com o Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro 2024.

Escritor Jorge Reis-Sá revelou ser «Uma honra muito grande receber o Prémio»
«Os prémios baseiam-se muito na honra do júri de quem os dá, e o júri que é composto por escritores e críticos como a professora Isabel Pires de Lima, o professor José Carlos Seabra Pereira, António Carlos Cortez, Mário Cláudio e Isabel Lucas honra-me muito», expressa o vencedor do Prémio Literário Fundação Inês de Castro.
O escritor Jorge Reis-Sá venceu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro, com a obra “Prado do Repouso”, que reúne 25 anos de poesia e que reflete a evolução poética do autor.
«É uma reunião muito trabalhada da poesia que escrevi nos últimos 25 anos, com talvez um quarto ou um quinto de inéditos e que tenta fazer um balanço de um percurso que foi feito, desde uma maneira de escrever muito adolescente, para algo que se quer um bocadinho mais maduro e que se possa depois cumprir como se um círculo que se fechou», explica Jorge Reis-Sá.
O autor explica que é precisamente "isso" que procura dizer com o seu último poema 'Tudo acaba', que lhe permitirá no futuro "outros começos".
Jorge Reis-Sá começou a escrever com cerca de 18 anos e é o fundador e editor de A Casa dos Ceifeiros, um projeto pessoal criado em 2017 com o desígnio de editar apenas o que é seu e de seu gosto, como se a editora fosse a sua casa, a que chamou dos ceifeiros, inspirado pelo livro homónimo de Daniel Faria.
Nessa editora, já publicou mais de uma dezena de livros, metade dos quais da sua autoria, tendo vencido, em 2023, a primeira edição do Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca, da Associação Portuguesa de Escritores (APE), com o livro “A hipótese de Gaia”.
O escritor explicou ao nosso jornal que na sua poesia e durante muitos anos, falou da morte do seu pai, sendo através da escrita que encontrou uma forma de «matizar o luto».
Na mesma cerimónia, foi atribuído o Prémio de Tributo Consagração Fundação Inês de Castro 2024 ao poeta, tradutor literário e ensaísta Fernando Guimarães.

«Fernando Guimarães tem três estatutos em relação a mim», conta Jorge Reis-Sá.
- «Tem um estatuto de ser uma pessoa muito querida e muito amiga que eu conheço também há muito tempo»
- «Tem um estatuto de ser um autor que eu editei, portanto eu publiquei-lhe poesia, ensaio e tenho uma admiração enorme pelo que ele escreve»
- «É um poeta de eleição e eu poder estar aqui a receber este prémio associado ao nome dele só me honra e responsabiliza.»
No final da cerimónia, José Carlos Seabra Pereira, presidente do Júri do Prémio Literário Fundação Inês de Castro fez questão de sublinhar:
«Jorge Reis-Sá, obrigado pela sua poesia».