"Procuramos criar uma energia diferente em casa"

Diário de Coimbra | A Académica fez, com o Lusitânia Aço­­res em casa, uma das melhores exibições da temporada. O Lusitânia está num momento em que precisa muito de pontos para a permanência na Liga 3. De que forma é que estas questões podem mexer no jogo?
António Barbosa | Foi o jogo onde criámos mais situações e aproveitámos, tendo feito mais golos. Em termos de resultado foi, claramente, a melhor exibição. Mas recordo-me de, quan­do estávamos a perder por 1-0, termos levado uma bola no poste. Ou seja, a equipa adversária tem a capacidade de criar situações de finalização. Agora vivem um momento melhor mas, nem sempre, do ponto de vista dos resultados, têm provado o bom que têm feito. Isso implica na forma como abordamos o jogo no sentido dos espaços que vamos dar ao adversário. O que vamos dar, para tirar proveito do que podemos finalizar depois. Procuraremos, respeitando o adversário, ganhar o jogo. Percebemos que, na primeira etapa de construção, o Lusitânia gosta de jogar, de ter a bola, de arriscar e, depois, procurar condicionar para tirar proveito do espaço na transição.

Quem é que vai entrar em campo com maior pressão? A Académica, com a necessidade e rapidamente garantir a permanência ou o Lusitânia que pode ficar em maus lençóis se for derrotado?
O que nos concentramos é no que temos que fazer. Nesse sentido, temos a intenção clara de vencer e, como já foi questionado, a maneira como o vamos fazer. Essa é que é a nossa intenção. O que acontece no final é a consequência das nossas ações na maior parte do jogo. No que cabe ao nosso foco, é como vamos vencer, na nossa casa, com os nossos adeptos, e procurar criar uma energia diferente aqui em Coimbra.

Quais as mais fortes armas do Lusitânia?
A maior parte dos golos que eles marcam é em contra-ataques e bolas paradas. Por isso, são uma equipa que procura tirar proveito do Derick e do Eduardo, que são os jogadores de referência neste lances. Nas transições, exploram a velocidade, com movimentos de ataque à profundidade criando situações de quatro contra quatro com a linha adversária. Têm capacidade, também, para criar espaços em todos os momentos do jogo. Se não tivermos a atitude adequada podemos dificultar a nossa vida. É algo que estamos cientes e teremos em consideração.

Pode ler a antevisão completa de António Barbosa na edição de hoje.