
Francisco nasceu na ambulância com o pai bombeiro a assistir
Às 11h54 de ontem, o pequeno Francisco entrava neste mundo, deixando o interior da mãe onde permaneceu nos últimos meses.
Um parto normal e feliz para o menino da Figueira da Foz e para os pais, que teve a particularidade de ter acontecido na ambulância dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, a caminho da Maternidade Bissaya Barreto.
Mas se já é incomum - embora cada vez mais normal - que o pequeno Francisco tenha nascido numa ambulância, é ainda mais especial o facto de ter tido o pai a assistir, porque o progenitor, não estando ao serviço, é bombeiro da corporação.
Gabriel Santos e Beatriz Ribeiro foram os “parteiros”, operacionais dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz que, recebendo o alerta para uma parturiente, se puseram ao caminho.
Já sabiam ao que iam porque tinham a informação que o pai da criança que queria nascer era o colega Vítor Ramos e a mãe Ana Luísa, bombeira no Quadro de Reserva.
O que não esperavam é que o bebé nascesse ao quilómetro 15,6 da A14. Mas aconteceu, com sucesso, e com o apoio da VMER do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
O alerta foi dado às 10h52 e, chegados ao local, os bombeiros constaram que as contrações da grávida já estavam aceleradas. «Já estava com contrações de dois em dois minutos», recorda, ao Diário de Coimbra, o bombeiro Gabriel Santos.
Avaliação feita, e a ambulância seguiu o seu trajeto em direção à Maternidade Bissaya Barreto. Atrás, de automóvel, seguiu o pai e bombeiro Vítor Ramos. Mas o trajeto implicou duas paragens, para avaliação da grávida, e na segunda o parto aconteceu.
«Foi depois das portagens de Montemor, ao quilómetro 15», recorda Gabriel Santos, revelando que o parto foi «totalmente natural e rápido».
Francisco nasceu, sob o olhar atento do pai, que assistiu a todas as manobras.
«Já transportei várias grávidas em trabalho de parto, mas foi a primeira vez que aconteceu o parto na ambulância», conta Gabriel Santos, admitindo que a sensação sentida é única e indescritível.
«É uma experiência nova, nem consigo descrever por palavras aquilo que se sente no momento», conta ao Diário de Coimbra Gabriel Santos, bombeiro há 10 anos e colega do pai e da mãe da criança.
A corporação manifesta, nas suas redes sociais, a felicidade pelo momento, agradecendo aos seus operacionais pelo seu profissionalismo. «Naturalmente, vamos reservar lugar na Escola de Infantes e Cadetes para ele [Francisco]», refere a corporação, nas suas redes sociais, esperando, assim, que filho de bombeiros, bombeiro venha a ser.