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Há cada vez mais menores a serem aliciados 'online' pela extrema-direita

A propaganda da extrema-direita ganhou força em Portugal nas eleições de 2024 e há cada vez mais jovens, muitos com menos de 16 anos, a serem aliciados 'online' por estes movimentos, revela o relatório de segurança interna.

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 foi divulgado hoje e dá conta que os jovens têm sido aliciados por movimentos de extrema-direita através de uma forte presença online.

No capítulo dedicado às ameaças globais à segurança interna, refere que “os tradicionais movimentos 'skinheads' de supremacia branca e matriz neonazi, caracterizados pelas suas ações de rua e violência, não conseguem ser tão apelativos para os jovens quanto os novos movimentos nacionalistas de extrema-direita com forte presença 'online' e líderes carismáticos que atuam como verdadeiros 'influencers'”.

O documento sublinha que está a verificar-se “uma proliferação dos canais de conversação, cada vez mais diversificados e sofisticados, que incluem as plataformas de jogos 'online', e dos grupos de partilha de conteúdos, que promovem a difusão em massa de conteúdos extremistas e facilitam os processos de recrutamento e (auto)radicalização”.

“As plataformas 'online' têm sido o palco privilegiado de atuação dos movimentos descentralizados de extrema-direita de matriz aceleracionista e/ou satânica, onde, através de uma cultura de comunicação através de memes, recrutam e radicalizam indivíduos cada vez mais jovens, muitos deles com idades inferiores a 16 anos”, precisa o RASI, considerando que a evolução deste fenómeno nos últimos anos “impõe que a ameaça representada por eventuais atores solitários de extrema-direita, sobretudo menores de idade, não possa ser desprezada”.

O relatório destaca também que a extrema-direita portuguesa “assinalou um acentuado dinamismo” e explorou amplamente os dois períodos eleitorais de 2024 – legislativas e europeias - para intensificar a realização de ações simbólicas, de protesto e de propaganda enquanto veículo para a difusão do seu ideário.

“A persistência e a visibilidade destas ações começam a enformar a narrativa pública contra minorias étnicas, religiosas ou sexuais com um certo grau de normalização e, em alguns casos, a servir de legitimação para atos de violência” de acordo com o RASI, hoje aprovado no Conselho Superior de Segurança Interna.

O documento dá igualmente nota de que foi possível constatar no ano passado em ações de rua “algumas estruturas de extrema-direita na organização de contramanifestações em reação ao anúncio de manifestações públicas por parte de grupos ou movimentos de extrema-esquerda, sobretudo em matérias relacionadas com a imigração ou a ideologia de género”.

 

 

Março 31, 2025 . 20:06

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