
Novo centro em Arganil vai formar em áreas cruciais da indústria
Nas oficinas da Escola Secundária de Arganil há agora um Centro Tecnológico Especializado Industrial - CTE Industrial 342 Nil.
Um espaço que representa um investimento de 1.670.541, 81 euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
«A criação do CTE Industrial está sustentada em três dimensões estruturantes do PRR: Resiliência, Transição Climática e Transição Digital, e valida a concretização de três prioridades nacionais», nomeadamente «reduzir as vulnerabilidades sociais, reforçar o potencial produtivo nacional e assegurar um território competitivo e coeso, num contexto de adaptação às transições (climática e digital) em curso», referiu, na inauguração, a diretora do Agrupamento de Escolas de Arganil, Anabela Soares.
Desta forma, sublinhou a dirigente, «pretende-se elevar a capacidade de resposta do sistema educativo e formativo para combater as desigualdades sociais e de género, aumentar a resiliência do emprego, reforçar as iniciativas para desenvolver um sistema consistente de ensino e formação profissional, ampliar as taxas de qualificação, usufruindo da inovação tecnológica e pedagógica para promover aprendizagens mais eficazes e eficientes ancoradas em competências tecnológicas, digitais e de cidadania social e eticamente responsáveis».
Assegurando que o CTE Industrial «desempenhará um papel crucial», a dirigente revelou que o Agrupamento propõe a criação de um centro tecnológico especializado industrial que compreenderá as seguintes áreas de atuação:
- 521, Metalurgia e Metalomecânica; 522, Eletricidade e Energia; 523, Eletrónica e Automação, que irão contribuir «para o desenvolvimento de conhecimentos teóricos e práticos em áreas cruciais da indústria como a Mecatrónica, a Serralharia Mecânica, a Metrologia, a Soldadura, a Eletricidade, a Eletrónica, a Pneumática, a Electropneumática, a Automação, a Robótica, Realidade Aumentada», entre muitas outras.
Na sessão, que contou com a apresentação das oficinas e demonstrações de máquinas e equipamentos, Júlio Marques apresentou todo o processo desta requalificação, que se iniciou em março do ano passado.
Uma obra que permitiu renovar e transformar as antigas e velhinhas oficinas de mecânica.
«Aquilo que juntos pensámos, desenhámos, viajámos, discutimos e executámos, é, hoje, tornado realidade», afirmou o docente e o coordenador do Centro Tecnológico Industrial.
Em representação da DG EstE (Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares) Centro, esteve Ana Paula Sousa, que considerou que a requalificação das oficinas irá criar «melhores condições para que o ensino profissional não seja visto como um ensino de segunda categoria» e vai permitir «a formação de jovens qualificados, em estreita colaboração com aquilo que são as necessidades do tecido empresarial da região».
Luís Paulo Costa, presidente da Câmara de Arganil, afirmou que este Centro é «a resposta para o presente e para o futuro, naquilo que tem a ver com as solicitações que o mercado coloca». «Estamos a dar um passo muito à frente naquilo que tem a ver com as áreas críticas para as empresas», afirmou.
«O propósito é permitir que os nossos alunos tenham os melhores meios para terem a melhor formação e, com isso, poderem afirmar-se no mercado de trabalho», acrescentou o autarca.