“Pensar fora da caixa”: Feira do Emprego mostra importância da nova geração

O IPC Job Summit trouxe a Coimbra mais de 60 empresas e entidades que procuram renovar a sua “frota” com jovens empreendedores e com novas caraterísticas, principalmente a proatividade. Com uma oferta vasta de mais de dois mil alunos “por onde escolher”, o evento posiciona-se como um momento de referência dentro da área do ensino superior e do mercado de trabalho.

A aposta no futuro é feita todos os anos, sempre com olhos numa renovação de pessoal sustentável e rentável para todos os envolvidos. Apesar de ser uma “feira do trabalho”, uma das particularidades que o IPC Job Summit apresenta é a de fornecer ferramentas de tutoria e de “networking” entre entidades profissionais e alunos, que se começam a preparar para enfrentar um mercado de trabalho que, por vezes, se apresenta implacável. É aqui que os fatores diferenciadores entram em ação.

Por entre stands que se enchem de estudantes em busca de “respostas” e oportunidades, os conselhos variam de área para área, mas alguns acabam transversais. De entre estes, a palavra que mais se ouve é “proatividade”.

«No Grupo Remax White temos várias oportunidades disponíveis», começa por referir Beatriz Lopes, representante da entidade na feira, continuando, «o mercado de trabalho, neste momento, pede pessoas que tenham experiência, mesmo que não seja pela via profissional. Há uma tendência para pensar que o CV [Curriculum Vitae] é tudo, mas não. É preciso proatividade e disponibilidade». Para Beatriz, esta «experiência» não necessita de vir diretamente do meio profissional, aconselhando os jovens a fazerem parte de jovens empresas e de ações de voluntariado (entre outras atividades) que «acabam por ser mais valorizadas», em comparação com alguém que apenas apresente um currículo.

Na Lugrade, outra das empresas presentes que está em busca de “sangue novo” para Coimbra, Inês Sabanês, que faz parte do departamento de comunicação, menciona a necessidade de analisar as características de cada entidade, no momento da contratação. «Apesar de ser relativamente nova aqui, vejo que a Lugrade é uma marca de bacalhau, ou seja, um produto nacional e com tradição», começa, defendendo, ainda, que é preciso «passar o bacalhau às pessoas mais novas», traduzindo esta situação para uma busca constante pela «inovação» e por profissionais «multidisciplinares».

Juliana, aluna do segundo ano de Comunicação Organizacional, afirma que esta é «uma grande oportunidade» porque fornece a possibilidade de esclarecer dúvidas sobre determinadas empresas e, simultaneamente, facilita o contacto com profissionais. «Chegamos a uma altura onde começamos a pensar no que vamos trabalhar no futuro e nos estágios. [Este evento] facilita imenso».