
“A Fábrica das Sombras” impõe uma viagem pelos sentidos
Centenas de pessoas entraram ontem no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova na abertura de “A Fábrica das Sombras”, solo show que a Anozero promove entre bienais. A exposição monográfica, com trabalhos dos canadianos Janet Cardiff e George Bures Miller, cumpre a anunciada promessa de imersão em emoções e sensações.
Com curadoria do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), e apoio da Universidade e Câmara de Coimbra, a mostra reúne cerca de uma dezena de trabalhos dos dois artistas, reconhecidos pelas suas instalações sonoras multimédia imersivas. Pela primeira vez em Portugal, Janet Cardiff revelou-se, na receção aos primeiros visitantes, encantada com o espaço da exposição, num imóvel que é «um tesouro», com palavras de simpatia para Coimbra.
É a «melhor cidade do mundo», disse, em cumprimento ao presidente da Câmara, com uma frase que o autarca costuma repetir.
Antes, Carlos Antunes, diretor do CAPC, refletiu sobre a «intensidade» de cada bienal, associando-a à ideia de fim a cada edição da Anozero - Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra. A intensidade estará relacionada com a ideia envolvente de que será a última. Mas, diria em declarações ao Diário de Coimbra no início da mostra, é «uma espécie de Fénix, todos os anos se incendeia e todos os anos renasce». Uma expressão que o presidente da Câmara José Manuel Silva sublinhou, acreditando que a cada ano a Bienal se irá superar.