Sete dias por semana
Futebol. Com a vitória, em casa, frente ao Lusitânia, a Académica tem a permanência na Liga 3 praticamente assumida, pelo que não há motivo (pelo menos aparente) para que não se agendem eleições para o início do prazo previsto nos estatutos de modo a que a próxima direção comece rapidamente a trabalhar. Ainda no “campo da bola”, o Marialvas assegurou a manutenção no Campeonato de Portugal enquanto o Oliveira do Hospital (Liga 3) perdeu nas Caldas da Rainha e complicou as suas contas da permanência.
AF Coimbra. Agora fora das “quatro linhas” a nossa justiça continua a não conseguir dar resposta às necessidades das pessoas e das instituições a tempo e horas. O Tribunal Central Administrativo do Norte deu esta semana razão a Jorge Catarino, assumindo que este não devia ter sido afastado das eleições à presidência da Associação de Futebol de Coimbra (que já foram em dezembro de 2023!) e sublinhando que a Comissão Eleitoral que o afastou estava ilegalmente composta por elementos da lista adversária. Numa das primeiras decisões relevantes a tomar desde que assumiu o lugar de Horácio Antunes, João Miguel Henriques tem agora uma boa oportunidade para marcar eleições rapidamente e clarificar um processo que em nada dignifica a instituição.
Legislativas. A escolha dos candidatos socialistas ao Parlamento acabou por colocar em evidência um ambiente de alguma tensão (para não dizer divisão) em torno da liderança de Pedro Nuno Santos. A escolha do cabeça de lista pelo círculo de Coimbra só ficou fechada após algumas “negas” (entre elas a de José Luís Carneiro) e mesmo depois de votadas as listas de todo o país o secretário-geral dos socialistas ainda viu Sérgio Sousa Pinto “saltar” da lista de Lisboa por não gostar da restante equipa.
Autárquicas. Ainda não estão agendadas mas as eleições autárquicas também estão a dar “dor de cabeça” ao secretário-geral do PS que no sábado esteve em Coimbra a apresentar todos os candidatos do distrito. Como se admitia possível, a presidente da concelhia socialista de Condeixa-a-Nova, Liliana Pimentel, já se demitiu, desfiliou e vai a votos como independente, num cenário algo semelhante ao que deverá a acontecer em Soure onde também haverá dois candidatos da área socialista.
Presidenciais. E ainda nesta linha eleitoral (este será um ano particularmente ativo no que à política diz respeito) há que destacar que tenha sido em Coimbra apresentado o primeiro mandatário distrital de Luís Marques Mendes na corrida às eleições presidenciais. A escolha recaiu em João Nuno Calvão da Silva, a quem o candidato reconhece «seriedade, pensamento próprio e compromisso com o serviço público». Este é também um gesto de homenagem a Calvão da Silva (pai), já falecido, num justo ato de memória que cada vez mais falta à sociedade de um modo geral.
Sinistralidade. Na semana em que foram conhecidos os números da criminalidade no país – em Coimbra os crimes violentos aumentaram 10% em 2024 – a PSP esteve no terreno a tentar combater outro tipo de “crimes”, neste caso a alta taxa de sinistralidade rodoviária. E basta ver as páginas do Diário de Coimbra dos últimos dias para encontrar “apenas” quatro vítimas mortais nas estradas da região.
Tarifas. A bolsa de Wall Street voltou ontem a abrir com perdas acentuadas depois da entrada em vigor das tarifas sobre importações decretadas esta semana por Donald Trump e que deixaram o mundo económico à beira de um “ataque de nervos” tal é a displicência com que o presidente dos EUA faz este tipo de anúncios ao mesmo tempo que admite negociar estas tarifas mediante ofertas que sejam “fenomenais”. O melhor mesmo é pensar que estamos quase a chegar a 2028 e que Trump está constitucionalmente impedido de se recandidatar.
