Porto da Figueira da Foz investiu 5,5 milhões em dragagens
A Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF) investiu, nos últimos dois anos, cerca de 5,5 milhões de euros (ME) em seis dragagens para manter a barra do rio Mondego navegável, anunciou hoje aquela entidade.
Numa nota enviada à agência Lusa, intitulada “Condições de navegabilidade da barra da Figueira da Foz”, a APFF indicou que as seis dragagens visaram manter as condições da infraestrutura portuária “navegável para calados máximos de 6,5 metros”, tendo sido retirados mais de 1,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos.
“Estas intervenções implicaram a estadia de, pelo menos uma draga de sucção, 410 dias em porto, tendo operado apenas 259 dias, devido à agitação marítima adversa”, observou a administração portuária.
Por outro lado, a APFF frisou que a garantia das normais condições de segurança na barra “passa por uma monitorização constante da morfodinâmica do porto, com periodicidade ajustada com base no conhecimento do histórico do comportamento dos fundos em cada uma das zonas” daquela infraestrutura, que engloba o porto comercial, de pesca e de recreio.
“Relativamente à zona da barra foi efetuado um levantamento a 03 de junho do corrente ano, onde se constatou que as cotas de serviço necessárias à garantia das condições de segurança estavam asseguradas”, garantiu a APFF.
Embora sem fazer referência às críticas à sua atuação formuladas, na última semana, pelo maior armador nacional de pesca do cerco, que exerce a sua atividade a partir da Figueira da Foz, a APFF adiantou que a recente tempestade Kirk “e a elevada agitação marítima que se fez sentir”, levaram a capitania local a condicionar o acesso à barra a embarcações com comprimentos inferiores a 35 metros entre os dias 07 de outubro e a passada sexta-feira, 18 de outubro.
Nessa sequência, a administração portuária voltou a efetuar uma intervenção “de forma a avaliar o impacto da referida tempestade nos fundos à entrada do porto”, tendo concluído pela necessidade de intervenção para reposição das quotas de serviço, que tinham sofrido algumas alterações, embora continuassem a permitir a entrada de navios com calado máximo de 6,5 metros.