Bairrada celebra Dia Mundial do Enoturismo
O Dia Mundial do Enoturismo, instituído em 2009 pela Rede Europeia das Cidades do Vinho (Recevin) e que passou a ter um caráter mundial a partir de 2019, vai ser celebrado no domingo. Segundo o presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, para assinalar o Dia Mundial do Enoturismo, alguns produtores e municípios da Bairrada agendaram algumas iniciativas para o fim de semana. A Câmara Municipal da Mealhada vai celebrar o Dia com duas visitas guiadas: uma às antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e outra às caves “Da Mina”, no Luso. «A ideia é mostrar como o território mealhadense é marcado, desde há décadas, pela vitivinicultura. Assim, o Município propõe um regresso ao passado, com uma visita às antigas instalações do IVV, pela mão, saber e memória de Carlos Jaime, antigo colaborador do IVV; e uma visita ao presente, já de olhos postos no futuro, com o projeto renovado dos vinhos ‘Da Mina’, no Luso», justificou a autarquia.
Também Adega Regateiro, localizada na Forcada, Aguada de Cima, no sul do concelho de Águeda, vai abrir as suas portas no domingo, até às 17h30, e lançar um espumante em garrafas duplas. A empresa familiar de Casimiro Gomes, fundador da Lusovini, vai apresentar neste dia o seu novo espumante 'Regateiro Raízes de Família', só em garrafas de 1,5 litros, com estágio de 60 meses. Para Casimiro Gomes, «a Bairrada tem um potencial muito grande neste capítulo», o que o leva a querer contribuir para «qualificar a oferta da região e das suas marcas». A propósito, o presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, Pedro Soares, defendeu na quarta-feira, que o enoturismo tem sido, nos últimos tempos, uma ferramenta extraordinária de valorização do produto vinho e produtos vínicos, mas também da atividade como um todo.«Estamos muito empenhados em valorizar a nossa unidade de enoturismo e em dá-la a conhecer, uma vez que todos os estudos mundiais indicam que nos próximos anos esta será a principal área de crescimento do setor do vinho», afirmou. «Esta é uma atividade que procura valorizar territórios, muitas vezes mais desfavorecidos, que ajuda a fixar população. É importante ter uma ferramenta que permita validar uma narrativa associada à produção de vinho e à cultura do vinho, porque para Portugal, e para muitos países latinos, o vinho faz parte da gastronomia», sustentou.