“Castelo da Carolina” está mais perto de ser uma realidade
Fez no passado mês de outubro um ano que a vida de Ana Carolina Abrantes mudou para sempre. Na altura com 17 anos, a jovem natural de Mouronho foi atingida por um jipe enquanto assistia a uma prova TT em Tábua, tendo ficado paraplégica. Aluna de Desporto e praticante de atletismo, este último ano tem sido de desafios e de adaptação a uma nova realidade, ultrapassada, sempre que possível, com um sorriso no rosto (como fez questão de mostrar quando ainda estava internada no Hospital Pediátrico de Coimbra), com o apoio dos pais, familiares, amigos e de tantas outras pessoas que se têm mobilizado para ajudar a ultrapassar as barreiras físicas que Ana Carolina Abrantes tem agora de vencer, muitas delas na própria casa.
O acesso ao interior da habitação onde mora é feito por «uma escada íngreme» o que dificulta a entrada e saída da jovem, recorda ao Diário de Coimbra Ana Brazião. Foi nesse sentido que nasceu a campanha “Um Castelo para a Carolina”, promovido pela Cooperativa Pedrinhas, com o apoio do Município de Tábua, de entidades e empresas do concelho e da região que se associaram a esta causa.
As obras de requalificação e de adaptação da habitação arrancaram no verão e «avançam a bom ritmo» como o município dá conta em nota de imprensa. Num investimento estimado em mais de 70 mil euros, a obra prevê a ampliação do rés-do-chão para o logradouro e a criação de raíz de um espaço que garanta melhores condições de acessibilidade e de conforto.
Pela sua complexidade, o projeto não estará concluído no Natal deste ano como desejariam, lamenta a fundadora da Pedrinhas, pelo que se auspicia que no verão de 2025 já seja possível entregar o “Castelo” à jovem natural do concelho de Tábua. A verba necessária para levar este projeto “a bom porto” está a ser angariado através de várias campanhas solidárias que têm beneficiado da generosidade de particulares, empresas e entidades do concelho e da região, enaltece o município e a Cooperativa.O apelo para tornar o “Castelo para a Carolina” uma realidade mantém-se, com o desejo de envolver mais pessoas, empresas e entidades, sejam elas locais ou nacionais, de forma a que a obra possa continuar a decorrer a bom ritmo cumprindo-se, assim, o desígnio proposto.
A fundadora da Pedrinhas, Ana Brazião, enaltece ainda o importante apoio do BPI La Caixa, cujo valor tem sido distribuído pelas diversas causas que a Cooperativa de Solidariedade Social tem apoiado, nomeadamente a da Carolina.